quinta-feira, setembro 4, 2025
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Uso consciente de medicamentos controlados

Uso consciente de medicamentos controlados.

Informações essenciais para um tratamento seguro

Interações, riscos de automedicação e cuidados que garantem mais segurança no uso de remédios tarja preta e controlados

O uso de qualquer medicamento, seja ele prescrito, de venda livre ou natural, deve ser informado ao profissional de saúde. Isso inclui até itens que muitos consideram inofensivos, como chás, pomadas e analgésicos comuns. O motivo é simples: prevenir a chamada interação medicamentosa.

Ela ocorre quando um remédio tem seu efeito alterado pela combinação com outro medicamento, com fitoterápicos, certos alimentos, bebidas ou até fatores externos, como o calor. Mesmo que nem toda interação seja prejudicial, muitas podem gerar reações adversas sérias, desde desconfortos gastrointestinais e dores até riscos mais graves, como alterações cardíacas e sangramentos.

Uso consciente de medicamentos controlados(Créditos: izusek / iStock)

A automedicação é um dos principais fatores para essas interações indesejadas. Isso acontece tanto quando a pessoa omite ao médico algum remédio que já faz uso quanto quando utiliza sob recomendação de terceiros algum medicamento guardado em casa – muitas vezes, sem saber os riscos envolvidos.

Ler a bula não é opcional: é essencial

Apesar de ser ignorada por muitos, a bula contém informações sobre o uso correto, as contraindicações, os riscos de interação e os efeitos colaterais. Uma fonte confiável para acessar essas informações é o Bulário Eletrônico, da Anvisa, no qual é possível consultar bulas oficiais de praticamente todos os medicamentos disponíveis no país.

Os profissionais da saúde alertam que o uso racional dos medicamentos é um ato de responsabilidade. Tomar um remédio sem indicação adequada não é algo inofensivo e pode gerar mais riscos do que benefícios.

O papel do farmacêutico: orientação e segurança no uso de medicamentos

Desde 2013, este profissional tem autorização para fazer a chamada prescrição farmacêutica, limitada aos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), como analgésicos simples, antiácidos e fitoterápicos.

Além disso, cabe ao farmacêutico acompanhar tratamentos prescritos por médicos, avaliando possíveis interações, reações adversas e esclarecendo dúvidas dos pacientes. O atendimento vai muito além da venda.

É um ato de cuidado, como destaca Jhonata Vasconcelos, supervisor farmacêutico de uma rede de drogarias. “Nossa função é acolher, ouvir com atenção e contribuir para o uso  racional de medicamentos. O que combatemos é justamente o uso indiscriminado, sem orientação profissional.”

Vale reforçar: mesmo farmacêuticos especializados não podem prescrever antibióticos, psicotrópicos ou medicamentos controlados – estes seguem restritos a médicos, dentistas e veterinários.

Medicamentos controlados exigem ainda mais atenção

Uma mudança recente, a Resolução n.º 5/2025, do Conselho Federal de Farmácia, passou a permitir que farmacêuticos com qualificação específica prescrevam alguns medicamentos tarjados. Contudo, essa autorização não inclui os medicamentos controlados, que seguem exigindo receita médica especial.

Pregabalina 75mg, usada no controle de dores crônicas, transtornos de ansiedade e fibromialgia, é um exemplo de fármaco que atua no sistema nervoso central. Por esse motivo, seu uso requer não somente prescrição, mas também acompanhamento contínuo e rigoroso controle, justamente para evitar dependência, efeitos adversos e riscos à saúde.

Automedicação e riscos invisíveis

O uso incorreto de medicamentos é mais preocupante em situações como infecções e doenças virais. Durante episódios de dengue, o consumo de anti-inflamatórios como diclofenaco ou nimesulida pode agravar quadros de sangramento, levando a complicações severas.

A resistência aos antimicrobianos também tornou-se uma questão mundial. O consumo inadequado de antibióticos leva à criação de bactérias resistentes, dificultando tratamentos futuros e colocando em risco a eficácia de terapias que antes eram simples.

Uiara Zagolin
Uiara Zagolin
Jornalista e Editora do portal NA MIDIA; Correspondente Internacional; Diretora de Relações Internacionais da FEBRACOS Federação Brasileira de Colunistas Sociais; Vice-Presidente da APACOS Associação Paulista de Colunistas Sociais; Delegada Regional para São Paulo da ANI Associação Internacional de Imprensa; membro da Worldwide Association of Female Professionals; Imortal na Academia de Artes de São Paulo e Academia Mundial de Letras. Com formação no Canadá, EUA e UK
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