O desafio invisível dos atletas

Segundo estudos, os atletas tendem a ter um período maior de transtornos mentais, devido à cobrança pelo pódio

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Sad fencer stands on the big professional stage. The fencer lost the competition. She is wearing an unbranded fencing suit. The fencer holds a sword and protective helmet.

O desafio invisível dos atletas.

O desafio invisível dos atletas: saúde mental no mundo dos esportes

Segundo estudos, os atletas tendem a ter um período maior de transtornos mentais, devido à cobrança pelo pódio

Dentro do mundo dos esportes, a competição para se tornar campeão é feroz. Esse tipo de ambiente pode ter reflexos diretos na mente dos atletas, que, sem o devido preparo, acabam sucumbindo a transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Um caso recente que chamou a atenção do mundo para esse tipo de estresse psicológico em torno do esporte ocorreu em 2021, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando a atleta norte-americana Simone Biles anunciou que estaria fora das provas de ginástica artística para “cuidar da saúde mental”.

Isso geralmente ocorre porque os atletas são condicionados a buscar o pódio, nem que para isso ultrapassem seus limites físicos e mentais. Quando ocorrem derrotas, eles podem ficar devastados com a situação e até mesmo entrar em casos severos de depressão.

O desafio invisível dos atletas

O desafio invisível dos atletas

De acordo com dois estudos acadêmicos, um publicado no British Journal of Sports Medicine e outro da Unicamp, a faixa etária de 15 a 25 anos é a mais afetada por esse tipo de problema dentro da população comum. Quando olhamos para o caso dos atletas, esse período se estende de 15 a 30 anos.

Por isso, é crucial que os atletas não treinem apenas a parte física, mas também preparem suas mentes para suportar toda a pressão que o esporte pode exercer sobre eles. Montar uma rede de apoio em torno do esportista, com a presença de uma equipe capacitada de psicólogos com formação na faculdade de psicologia dentro de competições, pode ser a melhor maneira de evitar a formação deste tipo de transtorno.

O trabalho começa na base

Segundo Eduardo Cillo, psicólogo do esporte do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em entrevista à CNN Brasil, o trabalho de preparação mental deve começar desde a base da formação dos atletas. De modo que eles tenham a oportunidade de serem orientados sobre as expectativas e como isso afetará outros aspectos de suas vidas.

“Com isso, você consegue ensinar elementos essenciais na preparação mental para lidar com compromissos e sacrifícios da vida de atleta. Para que o jovem possa escolher se quer essa vida como carreira”, afirma Cillo. Quando não há esse tipo de preparação mental, é possível notar o impacto durante as competições. Pois o atleta evidentemente não está preparado para as frustrações que surgem, caso não consiga chegar ao pódio.

Portanto, o acompanhamento de um profissional é importante para evitar a formação de transtornos. Para que o esporte, que geralmente usamos como forma de prevenção a transtornos mentais, não se torne mais um fator agravante.

Fonte: Gabriela Araujo / Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação / Aksonov/iStock
Edição: Redação Na Mídia

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