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Shein enfrenta desafios no mercado brasileiro

Empresa mantém vantagem de preço sobre concorrentes locais, mas enfrenta obstáculos com custos elevados em relação a outros países

Shein enfrenta desafios no mercado brasileiro.

Shein enfrenta desafios no mercado brasileiro devido a preços mais altos que concorrentes internacionais

Empresa mantém vantagem de preço sobre concorrentes locais, mas enfrenta obstáculos com custos elevados em relação a outros países

O mercado de varejo no Brasil é conhecido por ser um dos mais caros do mundo. Isso não é diferente para a Shein, uma gigante chinesa de moda online. De acordo com um relatório do BTG Pactual do segundo semestre de 2023, a Shein mantém uma vantagem de preço sobre suas concorrentes atuantes no Brasil.

Entretanto, essa diferença diminuiu, principalmente após a empresa ampliar a produção de roupas no país. A pesquisa revela que os produtos vendidos pela Shein no Brasil estão entre os mais caros do mundo — ficando atrás apenas do México.

Para se ter uma ideia, uma cesta de oito produtos de vestuário — vestido, jeans, jaqueta, saia, suéter, camiseta, botas e bolsa — vendida no Brasil custa em média US$156, ou seja, R$788. Já no México, como dito anteriormente, o valor é mais caro, sendo de US$167.

Um dos motivos para essa diferença de preço é o programa do governo brasileiro, o Remessa Conforme. O objetivo dele é regular todas as comprar internacionais feitas no Brasil. Para compras de até US$50, o imposto de importação é zerado, mas há a incidência de 17% de ICMS, um tributo que a Shein subsidia aos consumidores.

Shein enfrenta desafios no mercado brasileiro

Ao analisar a paridade do poder de compra, que considera o poder aquisitivo da população em relação ao custo de vida local, os preços da Shein no Brasil são os mais altos do mundo. Em comparação com os Estados Unidos, os valores brasileiros são 219% mais altos.

Entretanto, mesmo com essa diferença de preço, a Shein ainda consegue se destacar em relação às concorrentes nacionais. Em média, os produtos da Shein apresentam um preço 26% inferior aos da Renner, 22% mais acessíveis que os da Riachuelo e 17% mais baratos que os da C&A.

Shein enfrenta desafios no mercado brasileiro

Além disso, a empresa chinesa está direcionando esforços para aumentar a produção nacional. No caso, ela possui planos de conectar 2.000 fábricas brasileiras ao seu algoritmo, em um investimento total de R$750 milhões ao longo de três anos.

Mesmo enfrentando desafios na expansão da capacidade de produção local, a Shein continua a desfrutar da possibilidade de crescimento no Brasil. Isso acontece graças a estratégias de adaptação das coleções às preferências dos consumidores brasileiros, testes em pop-up stores e sua poderosa abordagem de venda social.

Ações de Marketing

Além disso, a Shein tem investido em ações de marketing para fortalecer sua presença no país — incluindo parcerias com celebridades e eventos de moda. Essas iniciativas têm ajudado a empresa a se posicionar como uma marca desejável entre os consumidores brasileiros, mesmo com os preços mais altos em comparação com os Estados Unidos.

Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, formados na faculdade de administração e economia e analistas do BTG Pactual que conduziram a pesquisa, apontaram para um cenário positivo para a Shein. Para eles, apesar apontaram que apesar dos desafios de expansão da capacidade de produção local, é possível que sua rapidez de entrada no mercado e abordagem de venda social ofereçam vantagens no mercado competitivo.

O relatório do BTG Pactual também destaca o dilema de volume e preço para as marcas de moda no Brasil, especialmente com a entrada de operações cross border como a Shein. Esse dilema tornou-se ainda mais relevante à medida que as empresas buscam equilibrar o poder da marca com a necessidade de aumentar volumes e garantir retornos atraentes para os investidores.

Operações Cross Border

No caso, essas operações cross border referem-se a atividades comerciais que ocorrem entre diferentes países. Isso significa que uma empresa realiza operações de venda e envio de produtos para clientes localizados em outros países. Muitas vezes com diferentes regulamentações alfandegárias e fiscais.

Apesar dos desafios, a Shein parece estar bem posicionada para continuar crescendo no mercado brasileiro. Aproveitando sua rápida entrada no mercado, abordagem inovadora de venda social e investimentos em produção local. O sucesso da empresa no Brasil é um reflexo de sua capacidade de se adaptar às demandas do mercado. E oferecer produtos que atendam às necessidades dos consumidores brasileiros.

 

 

Fonte: Gabriela Araujo / Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação / jetcityimage / iStock
Edição: Redação Na Mídia

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Uiara Zagolin
Uiara Zagolin
Jornalista e Editora do portal NA MIDIA; Correspondente Internacional; Diretora de Relações Internacionais da FEBRACOS Federação Brasileira de Colunistas Sociais; Vice-Presidente da APACOS Associação Paulista de Colunistas Sociais; Delegada Regional para São Paulo da ANI Associação Internacional de Imprensa; membro da Worldwide Association of Female Professionals; Imortal na Academia de Artes de São Paulo e Academia Mundial de Letras. Com formação no Canadá, EUA e UK
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