Setor de suplementos cresce e conquista o consumidor brasileiro.
Suplementos ganham espaço como aliados na prevenção e no equilíbrio nutricional
Nos últimos anos, o consumo de suplementos alimentares se consolidou como parte da rotina de milhões de brasileiros. A busca por uma vida mais equilibrada e pela prevenção de doenças tem impulsionado um setor que, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), cresceu 8,1% entre janeiro e setembro de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre as opções mais procuradas, estão magnésio, melatonina, L-teanina, GABA e ômega 3 DHA, que segue como destaque, tanto por seus benefícios cognitivos e cardiovasculares quanto pelo papel de equilíbrio nutricional em dietas modernas.
(Créditos: Noah Saob / iStock)
Um mercado em expansão
O mercado de suplementos no Brasil movimenta cifras expressivas. De acordo com o Sindusfarma, o país integra um setor global que deve ultrapassar R$ 1,2 trilhão até o fim de 2025, com o Brasil ocupando posição de liderança na América Latina.
A expansão está ligada ao aumento da preocupação com a saúde preventiva e ao envelhecimento populacional – fatores que incentivam o consumo regular de vitaminas, minerais e compostos bioativos.
O crescimento desse segmento tem atraído fusões e aquisições de grandes grupos farmacêuticos, ampliando o acesso dos consumidores e diversificando o portfólio de produtos. A tendência ainda reflete uma mudança cultural: o brasileiro está mais atento ao impacto da alimentação no bem-estar e na longevidade.
De acordo com levantamento da Quiddity, 55% dos brasileiros afirmam que o cuidado com a saúde física foi prioridade em 2024. Esse comportamento se traduz diretamente no consumo de suplementos e alimentos funcionais.
Em entrevista ao jornal O Valor, o empresário Alberto Silva, CEO da RPN (Rede de Produtos Naturais), avalia que esse movimento tem uma base sólida. “Após a pandemia, os médicos começaram a validar o uso de suplementos alimentares para a família brasileira, e isso foi um passo crucial. A mudança reflete uma tendência crescente no país: a busca por um estilo de vida equilibrado”, explica.
O papel da suplementação
Na lista dos mais procurados, o ômega 3 DHA se mantém entre os nutrientes mais lembrados. A popularidade desse tipo de suplemento está associada a estudos científicos que apontam benefícios para o cérebro, o coração e o sistema imunológico. Mas, além dele, outras categorias de suplementos também ganham espaço no mercado, como:
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Multivitamínicos e minerais: usados para garantir o que a dieta não supre, como vitaminas do complexo B, ferro e zinco. Tendem a ser procurados por pessoas com restrições alimentares ou carências nutricionais comprovadas.
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Suplementos para melhora do sono: magnésio, melatonina, L-teanina e GABA têm emergido como opções para quem busca um descanso melhor, especialmente em meio a rotinas estressantes.
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Produtos para saúde da pele e beleza de dentro para fora: colágeno, antioxidantes como vitamina C e extratos botânicos aparecem em fórmulas combinadas, com foco estético e de saúde.
Entretanto, é importante lembrar que esses suplementos servem como suporte nutricional, e não como substitutos. Os especialistas recomendam sempre avaliar a necessidade individual e consultar um profissional de saúde antes de começar.
Um hábito que veio para ficar
Jovens que praticam esportes, adultos com rotina intensa e idosos que buscam prevenir doenças compõem o público que impulsiona esse mercado. E a tendência é que o consumo se torne cada vez mais orientado por informação e qualidade.
Para Alberto Silva, da RPN, o crescimento é reflexo de um novo olhar sobre o cuidado pessoal. “Os suplementos não são mais vistos como algo pontual, mas como parte de um estilo de vida saudável, em que o consumidor busca prevenção e bem-estar contínuo.”
Com o avanço das pesquisas e a ampliação do acesso a produtos de qualidade, o mercado se fortalece como parte do cotidiano de quem busca cuidar da saúde de forma preventiva.
Setor de suplementos cresce e conquista o consumidor brasileiro.