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Mulheres no Direito

Os números revelam que a presença feminina está aumentando em espaços do Direito, mas ainda faltam iniciativas que tornem a realidade mais diversa.

Mulheres no Direito.

A importância delas para transformar as carreiras jurídicas

Presença feminina contribui para representações mais justas e inclusivas

As mulheres são maioria na advocacia brasileira. Segundo dados do 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV), divulgado em 2024, elas representam 50,8% dos advogados.

O levantamento foi feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido do Conselho Federal da OAB, e revela que as ações afirmativas promovidas tanto pela Ordem quanto pelas universidades estão trazendo resultados significativos para a equidade de gênero.

Apesar de se formarem e exercerem a profissão, as mulheres ainda são minoria quando se trata de cargos de liderança na advocacia. Na OAB, por exemplo, apenas seis seccionais são presididas por elas: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Mulheres no Direito

Mulheres no Direito
(Créditos: Aramyan/ iStock)

A presença feminina em Tribunais Superiores também é limitada. No Supremo Tribunal Federal, uma ministra é mulher – Cármen Lúcia – e 10 são homens. Já no Superior Tribunal de Justiça, elas ocupam 5 de 31 vagas.

No Ministério Público, o cenário é semelhante. Uma pesquisa divulgada em 2018 para fundamentar ações que promovam igualdade, a Cenários de Gênero, mostrou que as mulheres eram apenas 39% das promotoras e procuradoras (5.114), enquanto 61% eram homens (7.897).

A importância das mulheres no Judiciário

Os números revelam que a presença feminina está aumentando em espaços do Direito, mas ainda faltam iniciativas que tornem a realidade mais diversa.

Quanto mais mulheres atuarem em órgãos do Judiciário e em escritórios de advocacia, mais a sociedade como um todo se fortalece, devido às perspectivas únicas a partir das quais elas podem trabalhar.

Isso porque as profissões do Direito envolvem representar diversos lados e realidades. Ou seja, se há poucas mulheres na área, a maior parte da sociedade (51,5%, segundo o Censo de 2022 do IBGE) ficará sem representação.

Estar fora destes espaços significa não ser ouvido e não ter as demandas atendidas, o que pode enfraquecer o grupo em processos que visam garantir mais direitos e a evolução de regras e leis. Sendo assim, promover mulheres em carreiras jurídicas é uma forma de fomentar e garantir que o sistema seja mais inclusivo e justo para todos.

Além disso, mulheres vítimas de assédio, violência doméstica e outras tantas atitudes machistas podem não ser compreendidas por homens. Mais mulheres na Justiça significa também mais espaço para acolhimento e identificação com os casos das mais vulneráveis.

Para jovens que ainda estão na faculdade de Direito, a participação feminina efetiva em carreiras jurídicas também é relevante. Ver mulheres ocupando lugares de defesa dos direitos e da democracia é fundamental para que as estudantes sintam-se motivadas a continuar.

Ações e políticas para aumentar a presença feminina no meio jurídico

Tendo em vista a importância das mulheres no meio, diversos órgãos têm promovido ações para incentivar e ampliar a participação feminina. Tão importante quanto garantir o ingresso delas, é também alternar as nomeações em cargos de poder e liderança.

A Política Nacional de Incentivo à Participação Feminina no Judiciário tem buscado promover mudanças estruturais nos tribunais brasileiros.

Já a OAB aprovou em 2021 uma regra de paridade de gênero, aplicada nas eleições da Ordem. Mais mulheres foram eleitas para a presidência de seccionais e cargos de conselheiras desde então.

O Conselho Nacional de Justiça, por sua vez, oferece protocolos com perspectiva de gênero para garantir julgamentos mais justos e representativos.

As vítimas de violência de gênero também ganham visibilidade a partir de campanhas promovidas pelos Ministérios Públicos estaduais, que visam fortalecer a instituição como uma defensora das mulheres.

Fotos: (Créditos: Aramyan/ iStock) 
Fonte: Assessoria de Imprensa/Divulgação
Leia ainda: Primeira Dama inaugura Adega do Bar Aberto

Uiara Zagolin
Uiara Zagolin
Jornalista e Editora do portal NA MIDIA; Correspondente Internacional; Diretora de Relações Internacionais da FEBRACOS Federação Brasileira de Colunistas Sociais; Vice-Presidente da APACOS Associação Paulista de Colunistas Sociais; Delegada Regional para São Paulo da ANI Associação Internacional de Imprensa; membro da Worldwide Association of Female Professionals; Imortal na Academia de Artes de São Paulo e Academia Mundial de Letras. Com formação no Canadá, EUA e UK
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