Marco Legal das criptomoedas

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Marco Legal das criptomoedas.

Especialistas opinam sobre Lei 14.478/2022 que começa a vigorar em seis meses

O universo cripto e os brasileiros têm um bom motivo para celebrar este final de ano! Após sete anos de muito debate e discussões, foi sancionada a nova lei do Marco Regulatório dos Criptoativos, sem vetos, pelo ainda presidente Jair Bolsonaro.

Marco Legal das criptomoedas
Daniel Carius

A partir de hoje, 22/12, data da publicação no Diário Oficial, entidades e agências reguladoras têm 180 dias para se adequarem às novas regras do PL 14.478/2022, também conhecido como o “PL das Criptomoedas”.

Aprovado no dia 29 de novembro na Câmara dos Deputados e agora sancionado pelo chefe do executivo, a nova Lei dispõe de diretrizes regulatórias oficiais que norterão diversos pontos como o combate a crimes financeiros, maior transparência nas operações e também a defesa do consumidor.

Para o CVO da Ribus, primeira empresa do mundo em serviços de tokenização imobiliária, os principais tópicos do Marco Legal são a tipificação penal do estelionato com criptoativos e também o fato de, com a lei, as empresas serem obrigadas à regulamentação junto ao Banco Central para poderem atuar com a moeda.

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“Agora, empresas que trabalham com criptoativos comprando, vendendo ou intermediando, são interpretadas como integrantes do sistema financeiro nacional, por isso deverão ter a autorização do Banco Central para atuar”, explica Daniel Carius.

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Ciro Iamamura, CEO da Kodo Assets

“Esses dois marcos são muito importantes na lei dos criptoativos. Tanto na criação de um novo tipo penal, que é o estelionato com criptativos (171 A), tanto na obrigatoriedade do registro no Banco Central de empresas que atuam com ativos.”, finaliza Cairus.

O Brasil se junta agora ao seleto grupo de países que contam com regulação de ativos virtuais. No entanto, o decreto não define quem será a autoridade responsável por regular o mercado. A expectativa é de que sejam o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dependendo da classe do ativo.

Em nota, a Associação Brasileira de Criptoeconomia – ABCripto, celebrou a sanção do projeto. “O Marco Regulatório é de extrema importância, pois determina regras claras quanto as responsabilidades das empresas e do futuro regulador. Acreditamos em um futuro prospero para a criptoeconomia e esse caminho seguro possibilita, cada vez mais, o desenvolvimento do Brasil”, afirma.

Para Ciro Iamamura, CEO da Kodo Assets, empresa que por meio da tokenização tem como objetivo democratizar o acesso de investidores ao mercado imobiliário, auxiliar no aumento de liquidez desse tipo de bem e reduzir as barreiras de acesso ao mercado, o PL reresenta um avanço ao setor.

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“Vejo de forma positiva o projeto de Lei sancionado . Acredito que auxiliará a combater e reprimir práticas criminosas utilizando criptoativos. Essas práticas descredibilizam muitas vezes projetos sérios e que podem ajudar a evoluir o mercado com um todo . Também fico bem otimista com um possível avanço na regulamentação de criptoativos considerados valores imobiliários, pois isso abrirá espaço para o surgimento de muitos projetos interessantes”, analisa Iamamura.

Para Daniel Paiva Gomes, sócio na Cryptolaw, na VDV e Paiva Gomes Advogados e coordenador do primeiro e maior livro multidisciplinar da América Latina do segmento de blockchain “Criptoativos, Tokenização, Blockchain e Metaverso – Aspectos filosóficos, Tecnológicos, Jurídicos e Econômicos”, o grande legado dessa aprovação é a segurança jurídica que traz ao setor financeiro e principalmente a população que terá mais contato com esse tipo de ativo.

“A grande novidade, oportunidade pro mercado como um todo, é o fato de que agora institucionais podem participar desse mercado e a gente tem uma elevação do nível de maturidade de segurança jurídica como um todo. Porque a gente começa a elevar a barreira de entrada no bom sentido pra que somente players sérios continuem participando desse mercado, o que no final do dia é bom não só pra entrada de investidores institucionais, e até palyers institucionais como bancos, fundos também é bom pro usuário na ponta final. Então a grande vantagem desse projeto de lei ser aprovado, sancionado e promulgado é resumida numa simples frase, elevação de segurança jurídica pra todos os envolvidos nesse mercado”, conclui Gomes.

 

 

 

Alessandra tem passagens por alguns dos maiores veículos de comunicação do estado de São Paulo, como Editora Abril, Folha de São Paulo, Estadão, Diário do Grande ABC e Revista Livre Mercado. Colunista dos portais de notícias Tô na Band e São Paulo em Destaque e está à frente dos portais Economia SA, com foco em negócios, e Viajar SA. É sócia-diretora da Business Group Events, agência 360º, única no mercado que atende desde projetos para redes sociais e artistas até negociação de shows e eventos.

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