Casa das Rosas exibe filmes em película 16mm

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Cinema ao ar livre: Casa das Rosas exibe filmes em película 16mm de cineastas japoneses e adaptações cinematográficas de clássicos da literatura brasileira

 As exibições são gratuitas, com destaque para as obras da retrospectiva de cinema japonês: “A luta solitária”, “Contos da lua vaga”, “Fim de verão” e “Honra de Samurai”

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Uma das últimas construções originais da Avenida Paulista da década de 1930, a CASA DAS ROSAS – Espaço Haroldo de Campos, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis, realiza exibições gratuitas de filmes em seu jardim. Entre agosto e setembro, além do tradicional Jardim Paradiso, que oferece adaptações cinematográficas de grandes obras literárias, o espaço realiza a mostra Oriente Próximo – Retrospectiva de cinema japonês. Em parceria com a Fundação Japão, o Museu-casa realiza exibições em película 16mm dos mais importantes cineastas japoneses.

Jardim Paradiso acontece dia 10 de agosto e 14 de setembro e exibe, respectivamente, Vidas Secas (1964), adaptação de Nelson Pereira dos Santos do clássico homônimo de Graciliano Ramos, e Sagarana, o duelo (1974), releitura dirigida por Paulo Thiago da obra de Guimarães Rosa. A programação é uma parceria com a Versátil Home Vídeo que, desde 1999, é a principal distribuidora de filmes do cinema cult europeu, brasileiro e americano em versões com cópias restauradas e conteúdo extra.

Vidas Secas (10/8), conta a história de uma família pobre da região seca do Nordeste e sua luta diária para sobreviver no ambiente árido em que vive. Já o longa Sagarana, o duelo (14/9), fala sobre o plano de vingança de Turíbio para matar o amante de sua mulher, caçador de cangaceiros. O plano não dá certo, pois Turíbio mata o homem errado e quem precisa prendê-lo pelo crime é, ironicamente, o amante que ele planejava matar.

Oriente Próximo – Retrospectiva de cinema japonês

As sessões de filmes japoneses em película 16mm acontecem dias 8 e 22 de agosto, 5 e 19 de setembro, terças, às 19h. Nas exibições, obras de diretores consagrados: A luta solitária (1949), de Akira Kurosawa, Contos da lua vaga (1953), de Kenji Mizoguchi, Fim de verão (1961), de Yasujiro Ozu e Honra de Samurai (2006), do diretor Yoji Yamada.

A luta solitária (8/8) conta a história de Kyoji, um jovem médico que foi mandado à guerra pouco tempo após noivar. Durante uma operação, ele se corta e contrai sífilis de um paciente. Com o intuito de poupar o sofrimento da noiva, termina o noivado sem lhe dar explicações, enquanto inicia o tratamento contra a doença, decidido a carregar o fardo sozinho, até encontrar o homem de quem contraiu o vírus. O diretor Kurosawa ganhou os maiores prêmios do mundo do cinema: a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Hollywood.

Em Contos da lua vaga (22/8) dois irmãos fazendeiros vão à capital local para tentar vender peças de cerâmica no período da guerra civil do século XVI. O destino dos dois separa-se após a venda: Tobei decide ser samurai e Genjuro quer enriquecer e ser comerciante. Dentre as surpresas que os esperam, Genjuro descobre que a rica mulher que o recebeu em seu palácio é, na verdade, um fantasma.

Fim de verão (5/9) é um retrato da família Kohayagawa, proprietária de uma pequena fábrica de saquê no Japão do pós-guerra. A filha mais nova, Noriko, está à espera de um casamento arranjado e, enquanto isso, ajuda a cunhada viúva Akiko a procurar um homem para poder se casar novamente. O filme analisa as diferenças entre o velho e o novo durante as transformações econômicas sofridas pelo Japão durante o Plano Marshall, no pós-guerra, além de refletir sobre a possibilidade de conciliar desejos e sentimentos.

Por fim, em Honra de Samurai (19/9), Shinnojo, samurai de classe inferior, é o novo provador de comida em seu clã que acidentalmente come um peixe envenenado e perde a visão, sendo obrigado a renunciar seu cargo. Deprimido, Shinnojo tenta se matar e só encontra conforto na devoção e lealdade de sua esposa, Kayo. Incapaz de trabalhar, ele pede a Kayo que vá até o administrador da província, Toya Shimada, pedir ajuda. Quando descobre que ela está o traindo com Shimada, o samurai expulsa a mulher de casa e se prepara para enfrentar o homem em um duelo.

SOBRE A CASA DAS ROSAS
A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos
é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta, na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo – Avenida Paulista – o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais, entre outros.

O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade tais como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.

SOBRE A POIESIS
A POIESIS – Organização Social de Cultura é uma organização não governamental que desenvolve e gere programas e projetos, pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

SERVIÇO:
Oriente Próximo: Retrospectiva de cinema japonês | Terças, às 19h
8/8 | A luta solitária (1949) | 14 anos | 95 min.
22/8 | Contos da Lua Vaga (1953) | 14 anos | 94 min.
5/9 | Fim de Verão (1961) | Livre | 103 min.
19/9 | Honra de Samurai (2006) | 14 anos | 121 min.

Jardim Paradiso | Quintas, às 19h
10/8 | Vidas Secas (1964) | Livre | 105 min.
14/9 | Sagarana, o duelo (1974) | 16 anos | 100 min.

Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – próximo à estação Brigadeiro do metrô.
Funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 10h às 18h.
Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados).
Telefone: (11) 3285-6986 | (11) 3288-9447 | www.casadasrosas.org.br

 

 

 

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