Zezé Motta estreia seu primeiro monólogo.
Zezé Motta estreia seu primeiro monólogo e comemora 80 anos com espetáculo no CCBB
No espetáculo, a artista irá apresentar seu lado atriz e também o de cantora, com texto de Maya Angelou, a primeira mulher negra a ser roteirista e diretora em Hollywood
Zezé Motta percorreu uma trajetória inspiradora em suas quase seis décadas de carreira. Gravou diversos discos, fez mais de 100 personagens marcantes na tv e no cinema. Já esteve nos mais importantes palcos do mundo, apresentou-se no Carnegie Hall de Nova York, no Olympia de Paris e na Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola, Alemanha e Portugal. É uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), denunciando corajosamente casos de racismo.
Comemorando 80 anos da trajetória de uma das artistas mais aclamadas do país e que inspira gerações de mulheres negras na luta por espaço, expressão e oportunidades, o Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB traz para seus palcos de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, o primeiro monólogo da carreira de Zezé Motta, “Vou fazer de mim um mundo”, que estreia no dia 15 de maio no CCBB Brasília.
Zezé Motta estreia seu primeiro monólogo.
O espetáculo é uma adaptação para teatro do livro da Dra. Maya Angelou, o best-seller “Eu sei porque o pássaro canta na gaiola”, lançado em 1969 e que agora chega ao Brasil com dramaturgia e direção de Elissandro de Aquino.
A história que se tornou um clássico é a primeira das sete autobiografias que a autora publicou. Em ‘Pássaro’ Maya apresenta um tocante retrato da comunidade negra dos Estados Unidos durante a segregação dos anos 1930-1940. Nele parece haver um grito silencioso desse pássaro aprisionado que a Dra. Maya Angelou vivenciou e que a tornou ainda mais forte. Como ela mesma cita “O pássaro engaiolado canta com um trinado amedrontado sobre coisas desconhecidas, mas ainda desejadas…”. Angelou foi múltipla: poetisa, escritora, professora, roteirista, cantora, tradutora, atriz, militante, conviveu com Malcolm X, com o pastor Martin Luther King Jr. e se tornou um dos nomes mais aclamados do século 20.
Zezé, em “vou fazer de mim um mundo”, se aventura corajosamente num universo pouco habitual dessa atriz-cantora solar. Nesse espetáculo mais lunar, veremos uma Zezé introspectiva, política, denunciadora das mazelas sofridas por nossos antepassados e, sim, dolorida. Zezé pertence àquela categoria de atrizes que sentem profundamente cada palavra, que, quando ditas, estranhamente vão abrindo chagas ou cicatrizando feridas. Sabiamente o texto finaliza com alegria. Não uma alegria exaltada, do riso, mas uma alegria por ter ao que agradecer. Por honrar os ancestrais, uma alegria por aprender com as gerações que é preciso continuar a trajetória sendo a mudança.
Depois de dez anos ter o retorno de Zezé Motta ao teatro estrelando “Vou fazer de mim um mundo”, seu primeiro monólogo. É uma forma de celebrar seu octogésimo ano com um acontecimento histórico e único.
Fonte: Divulgação/Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação/Wagner Loiola
Leia ainda: Isis Valverde investe em protocolo exclusivo da JK Estética