sexta-feira, abril 25, 2025
Compasso Manutenção - A solução certa para sua indústria
InícioEstilo de vidaSaúde e Bem EstarPrevenção do câncer de colo uterino

Prevenção do câncer de colo uterino

Prevenção do câncer de colo uterino.

O Ministério da Saúde estima que cerca de 17 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de colo uterino em 2025, enquanto o Instituto Nacional de Câncer (Inca) revela que a doença é o terceiro tipo mais incidente entre elas. A oncogeriatra Maria Laura Perini (CRM-SP 175.085 e RQE 103.713) explica que o HPV (Papilomavírus Humano) é a principal causa da patologia, estando relacionado principalmente à persistência dos tipos 16 e 18.

Além disso, o vírus é transmitido sexualmente e a infecção costuma não provocar sintomas. No entanto, a médica lembra que, em alguns casos, quando a infecção persiste ao longo do tempo, pode levar a alterações nas células do colo do útero, que, se não for tratada, pode evoluir para câncer. Essas alterações celulares são chamadas de lesões precursoras, como a displasia ou neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

Já a vacina contra o HPV é importante para reduzir o câncer de colo uterino, pois, segundo a especialista, as mulheres que receberam o imunizante, entre 12 e 13 anos, possuem menos chances (em torno de 87%) de adquirir a doença se comparadas com aquelas que não foram vacinadas.

Sintomas

Conforme Maria Laura, na maioria das vezes, a infecção é assintomática, porém, em estágios avançados, o câncer de colo uterino pode causar problemas como:

Sangramento vaginal anormal: fora do período menstrual, como sangramentos entre os ciclos menstruais ou após a relação sexual. Sangramento após a menopausa é um dos sinais mais preocupantes e deve ser investigado imediatamente.

Dor pélvica: dor constante ou desconforto pode ser um sintoma de que o câncer está avançando.

Corrimento vaginal anormal: se o cheiro está forte ou com sangue, pode ser um sinal de câncer cervical.

Dor durante a relação sexual (dispareunia): mulheres com câncer cervical podem sentir dor durante a relação sexual, especialmente em estágios mais avançados da doença.

Alterações no padrão urinário ou intestinal: quando o câncer se espalha para outras áreas, pode causar problemas urinários, como dor ou dificuldade para urinar, ou alterações no hábito intestinal, como constipação.

Fatores de risco

Idade: o câncer de colo uterino é mais comum em mulheres de meia-idade, especialmente entre 35 e 44 anos.

Infecção pelo HPV: especialmente os tipos 16 e 18, é a principal causa do câncer cervical. A maioria dos casos de câncer de colo uterino está relacionada ao HPV.

Início precoce da atividade sexual: mulheres que iniciam a vida sexual muito jovens têm maior risco de se infectar com o HPV.

Múltiplos parceiros sexuais: o risco aumenta em mulheres com vários parceiros sexuais, visto que a probabilidade de exposição ao HPV também é maior.

Falta do uso de preservativo: o uso inconsistente ou a falta de preservativo durante as relações sexuais aumenta o risco de contrair o HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que estão associadas ao câncer de colo uterino.

Sistema imunológico comprometido: mulheres portadoras de HIV/AIDS, que usam medicamentos imunossupressores, têm maior risco de desenvolver câncer cervical devido à dificuldade em controlar a infecção por HPV.

Tabagismo: fumar aumenta o risco de câncer cervical, possivelmente devido aos efeitos do tabaco no sistema imunológico e na capacidade do organismo de combater infecções, como a infecção por HPV.

Uso prolongado de contraceptivos orais: o uso de pílulas anticoncepcionais por mais de cinco anos pode aumentar o risco de câncer de colo uterino, embora o efeito seja pequeno e a proteção contra outras condições, como o câncer ovariano, também seja um benefício.

Histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): ter um histórico de ISTs, como clamídia e gonorreia, pode aumentar o risco de câncer de colo uterino.

Fatores genéticos e antecedentes familiares: mulheres com histórico familiar de câncer cervical ou de outros tipos de câncer associados ao HPV podem ter maior risco.

Fatores socioeconômicos: mulheres com menor acesso a cuidados de saúde preventivos, como exames de Papanicolau (citologia cervical), têm maior risco de desenvolver câncer cervical devido à falta de detecção precoce.

Tratamento

A médica ressalta que o tratamento depende do estágio da doença, do tamanho do tumor, da saúde geral da paciente e de outros fatores individuais. “Os principais métodos de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, podendo ser usados isoladamente ou em combinação, dependendo do caso”, aponta.

Importância do Papanicolau

A oncogeriatra esclarece que o exame de Papanicolau é indicado como rastreamento de câncer de colo uterino para mulheres a partir dos 25 anos, ou após três anos do início da atividade sexual (o que ocorrer primeiro), sendo os dois primeiros anuais, e após a cada três anos (se os anteriores estiverem normais). “Devemos continuar realizando até os 64 anos, e podemos encerrar o rastreio se os dois últimos forem negativos consecutivos. Mulheres com HIV e/ou imunodeprimidas devem realizar o exame logo após iniciar a vida sexual, com periodicidade anual. O diagnóstico precoce do câncer de colo uterino muda o prognóstico da doença, aumentando as chances de cura”, pontua.

Índices de cura

De acordo com a médica, os índices de cura para o câncer de colo uterino variam e dependem do estágio no qual a doença é diagnosticada, do tratamento utilizado e de outros fatores individuais. “Se diagnosticado no estádio inicial, a taxa de sobrevida em 5 anos é bastante alta, em torno de 90% a 95%. Em estágio avançado, quando o câncer se espalha para órgãos distantes, como os pulmões, fígado ou ossos, a taxa de sobrevida em 5 anos é significativamente reduzida, variando de 15% a 20%”, finaliza.

 

 

 

 

Fonte: Divulgação
FotoDivulgação
Leia aindaDiário de Uma Repórter no Pantanal’

 

Joacles Costa
Joacles Costahttps://namidia.com.br
Joacles Costa é Jornalista, Embaixador, Escritor, Professor de Português e Espanhol, Pós-graduado em Educação Ambiental, Pós-graduado em Educação Especial, Pós-graduado em Gestão Pública, Diretor Executivo.
RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Most Popular

Recent Comments

Raquel Maffeis on Stella Valenttina Mello Zorzo
Wagner Casabranca on O desafio invisível dos atletas
Erica Rodrigues Machado on O lugar perfeito para cuidar da sua beleza
Comendador Leamir Antunes da Rocha on FEBACLA – A federação que enaltece a cultura
Jamile Yasmin da Silveira Braga on Quer ser capa de revista, então, vem com a gente!
Iracema di Castro Kelemen on PARNAMIRIM Base Norte-Americana nos Trópicos
Iracema di Castro Kelemen on PARNAMIRIM Base Norte-Americana nos Trópicos
MARUSA CRISTINA DE SOUZA GARCIA on GASTRONOMIA ARTESANAL NA VILA MADALENA