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Prefeituras investem em energia solar

Prefeituras investem em energia solar

Prefeituras investem em energia solar e colhem economia e sustentabilidade

Municípios apostam na energia solar para reduzir contas públicas e ampliar investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura

Cada vez mais prefeituras pelo Brasil estão recorrendo à luz do sol para cortar despesas e transformar a maneira como geram e consomem energia. Escolas, postos de saúde e prédios administrativos estão ganhando painéis solares no telhado – e, junto deles, chegam resultados práticos: contas de luz mais baratas, mais autonomia energética e uma cidade mais limpa para todos.

Um estudo publicado pelo Estado de Minas, em dezembro de 2024, revela que mais de 300 municípios brasileiros já adotaram energia solar em seus prédios públicos. A pesquisa, baseada em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e informações fornecidas pelas próprias prefeituras, mostra que a economia pode chegar a R$ 1,5 milhão por ano, dependendo do porte da cidade e da estrutura instalada.

Prefeituras investem em energia solar(Créditos: Andree_Nery / iStock)

De acordo com o Portal Brasil Solar, a implementação de sistemas fotovoltaicos já gerou uma redução média de 80% nas contas de energia de prédios públicos em cidades de pequeno e médio porte. O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com dados coletados entre junho de 2023 e janeiro de 2025.

Onde a energia solar já faz diferença:

  • Escolas municipais que funcionam com energia gerada no próprio telhado;

  • Unidades de saúde com sistemas solares que garantem energia constante para vacinas e equipamentos;

  • Ruas e avenidas iluminadas com postes solares, especialmente em áreas rurais;

  • Usinas fotovoltaicas instaladas por consórcios entre municípios para abastecimento público;

  • Orçamento liberado para outras áreas, como merenda escolar, saneamento e transporte.

A cidade de Glória do Goitá, no interior de Pernambuco, é um bom exemplo dessa virada. Desde 2023, todos os prédios públicos, além da frota de veículos da prefeitura, funcionam com energia limpa. Segundo o G1 Pernambuco, em matéria veiculada em março de 2025, a cidade economiza R$ 1,5 milhão por ano em energia elétrica – dinheiro que vem sendo redirecionado para obras de infraestrutura e melhorias nos serviços básicos.

Prefeituras investem em energia solar

Outro destaque é o município de Uberaba, em Minas Gerais, que começou a instalar placas solares em suas escolas públicas em 2022. Em dois anos, mais de 70% das unidades escolares passaram a operar com energia solar. Dados publicados pela prefeitura, no fim de 2024, mostram que a economia anual gira em torno de R$ 800 mil, permitindo a ampliação de programas de alimentação escolar e formação continuada de professores.

O mesmo tipo de resultado foi registrado em São João do Arraial, no Piauí. A cidade foi analisada pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) durante seis meses, entre maio e outubro de 2024. Nesse período, os técnicos monitoraram o consumo elétrico dos prédios públicos que funcionam exclusivamente com energia solar. O estudo apontou uma redução significativa nos gastos, além de evitar a emissão de até 500 toneladas de CO2 por ano – o equivalente a retirar cerca de 100 carros das ruas.

O impacto ambiental também é um fator relevante. De acordo com o relatório Cidades Solares – Panorama Nacional (IEMA, 2024), cada megawatt gerado por energia solar evita a emissão de aproximadamente 800 toneladas de gases de efeito estufa por ano. A publicação reforça que a descentralização da geração, ou seja, a instalação nos próprios prédios públicos, reduz perdas na transmissão e aumenta a eficiência energética dos sistemas municipais.

Além da economia, um ponto essencial tem sido a conscientização. Em diversas cidades, campanhas explicam à população como funciona a energia solar: os painéis instalados captam a luz do sol e a convertem em energia elétrica, por meio de um inversor, que alimenta os sistemas elétricos dos prédios. Parece simples – e é –, mas entender o processo ajuda a comunidade a valorizar ainda mais a mudança.

Essas ações educativas ocorrem em salas de aula, centros comunitários, eventos da prefeitura e até nas redes sociais das gestões municipais. Elas ajudam a mostrar que a transição energética não é algo distante, técnico ou inacessível – pelo contrário, é uma realidade que já traz impacto direto na vida de quem mora ali.

Segundo dados divulgados pela ANEEL em fevereiro de 2025, o Brasil já conta com mais de 2,5 milhões de unidades consumidoras com geração distribuída de energia solar. Destas, cerca de 12% estão no setor público, sendo a maioria voltada para educação, saúde e abastecimento de água.

Esse crescimento tem sido estimulado por políticas de incentivo e financiamento. Em outubro de 2024, o governo federal anunciou um pacote de investimentos voltado para mobilidade urbana e cidades verdes. Parte desses recursos será destinada justamente para a expansão da energia limpa em prefeituras e consórcios regionais, com prioridade para municípios do semiárido e regiões com baixo IDH.

O Instituto Clima e Sociedade (iCS), em seu relatório de agosto de 2023, destaca que a adoção de energia solar em municípios de pequeno e médio porte é uma das maneiras mais eficazes de promover eficiência energética, gerar economia e ainda cumprir metas ambientais locais e nacionais, como as previstas no Acordo de Paris.

Aos poucos, com planejamento e apoio técnico, a energia solar está deixando de ser apenas uma alternativa e se tornando uma estratégia permanente de gestão pública. Ao apostar no sol, as prefeituras não só economizam, mas também inspiram um novo modelo de cidade – mais responsável, mais autônoma e, acima de tudo, mais comprometida com o futuro de quem vive nela.

Uiara Zagolin
Uiara Zagolin
Jornalista e Editora do portal NA MIDIA; Correspondente Internacional; Diretora de Relações Internacionais da FEBRACOS Federação Brasileira de Colunistas Sociais; Vice-Presidente da APACOS Associação Paulista de Colunistas Sociais; Delegada Regional para São Paulo da ANI Associação Internacional de Imprensa; membro da Worldwide Association of Female Professionals; Imortal na Academia de Artes de São Paulo e Academia Mundial de Letras. Com formação no Canadá, EUA e UK
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