Instituto Luiz Bhittencourt e a arte entre jovens talentos.
O Instituto Luiz Bhittencourt – ILB, criado com a missão de preservar o legado artístico de Luiz Bhittencourt, atua também na promoção da arte entre jovens talentos, incentivando seu desenvolvimento e inserção no mercado das artes visuais. A proposta do Instituto é não apenas difundir a arte, mas também investir em novos artistas, oferecendo oportunidades concretas de carreira por meio da visibilidade e formação.
Neste contexto, e para comemorar os 365 dias do Instituto Luiz Bhittencourt, o artista plástico Luiz Bhittencourt assina a curadoria e tem o prazer de apresentar ao cenário artístico o jovem e promissor Matheus Lacerda Quintanilha, que realiza sua primeira exposição individual. A mostra será inaugurada no dia 11 de agosto de 2025 e permanecerá aberta à visitação até 30 de setembro de 2025, no Espaço de Atividades do ILB, situado no prédio do Sincomércio de São José dos Campos, São Paulo.
Apresentação do jovem artista
Matheus Lacerda Quintanilha: entre o design e a desordem poética.
Com 30 anos e formação em Design pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Matheus Lacerda Quintanilha constrói uma trajetória artística marcada pela experimentação, pela sensibilidade e pelo diálogo entre forma e impermanência. Sua formação acadêmica, aliada a uma inquietação estética constante, o levou a transitar com fluidez entre o rigor do projeto e a liberdade do gesto artístico.
Na interseção entre arte e design, Matheus desenvolve obras que exploram temas como entropia, memória, identidade e transformação. Suas criações revelam um olhar atento ao que se desfaz, ao que escapa, ao que pulsa nas bordas da matéria.
A influência do design é perceptível em sua atenção à composição, no entanto, é na arte que Matheus encontra o terreno fértil para o imprevisível: superfícies corroídas, estruturas instáveis e processos que incorporam o tempo como elemento ativo da criação, sempre com uma abordagem que desafia o espectador a repensar o que é forma, o que é ruína — e o que pode nascer entre as duas.
Exposição
ENTROPYA (εντροπία em grego)
Exposição de Matheus Lacerda Quintanilha
Existe beleza no que desfaz, no que escapa pelas bordas do tempo. Em “Entropya”, Matheus Lacerda Quintanilha mergulha fundo nas camadas da matéria, da memória e da existência, oferecendo ao público um olhar íntimo sobre a fragilidade que permeia toda forma de ordem.
Aos 30 anos, o artista plástico constrói uma poética visual feita de riscos, rachaduras e silêncios, onde cada obra parece capturar o instante exato em que algo começa a ruir – ou a renascer. Em pinturas que se desmancham em atmosferas sutis, que se corroem diante do espectador e que se reconstroem em tempo real, Matheus transforma o espaço expositivo em um organismo vivo e impermanente.
Reunimos não apenas obras, mas fragmentos de processos, decomposição e registros do que já não está mais lá. Porque, para Quintanilha, a entropya não é ausência de forma, mas o registro sensível da passagem do tempo pela forma. “Entropya” nos convida não a entender o colapso, mas a habitá-lo. “A morte nada mais é do que uma variação de Entropya”