Helcio Hime Canta & Conta Pérolas da Música Brasileira
Helcio Hime Canta & Conta Pérolas da Música Brasileira e Internacional
O magnífico palácio neoclássico que abriga o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no coração do Rio de Janeiro, foi recentemente palco de um dos eventos artísticos mais marcantes do ano: Helcio Hime Canta & Conta – Pérolas da Música Brasileira e Internacional.
Com o teatro completamente lotado e um público formado por celebridades, artistas, influenciadores, intelectuais, juristas e socialites, o espetáculo se consagrou como um verdadeiro acontecimento histórico da vida cultural carioca.
Com sua voz de timbre considerado por muitos como um dos mais belos de todos os tempos, Helcio Hime apresentou um repertório eclético que percorreu diversos estilos e idiomas. Cantou em português, inglês e francês, interpretando pérolas inesquecíveis da música mundial e nacional. Tocou piano e violão ao vivo, emocionando o público com a execução de sua obra autoral Valsa Doce, composta para o primeiro filme Dogma 95 do Brasil — vencedor de 117 prêmios internacionais.
Helcio Hime Canta & Conta Pérolas da Música Brasileira
A plateia cantou junto em vários momentos. Em Carinhoso, de Pixinguinha, o teatro inteiro se uniu à sua voz “a cappella”, criando um instante de pura emoção coletiva. As homenagens a nomes como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Maysa, Cartola, Vicente Celestino, Lamartine Babo, Tom Jobim e Vinícius de Moraes emocionaram profundamente.
A interpretação de Bastidores, de Chico Buarque — sucesso imortalizado na voz de Cauby Peixoto — foi simplesmente arrebatadora. O teatro veio abaixo. Canções de Cartola e Nelson Gonçalves comoveram intensamente a plateia. A homenagem a Maysa incluiu uma delicada adaptação poética de um texto de Manuel Bandeira, recitado com teatralidade tocante.
O espetáculo alternou momentos sublimes e grandiosos com passagens de puro entretenimento. Houve lágrimas, suspiros e gargalhadas espontâneas provocadas pelos causos engraçados e pitorescos que Hime contava entre uma canção e outra. Um dos momentos mais comoventes foi protagonizado pela grande poetisa Tetê Carreira Alvim, que, presente na plateia, levantou-se espontaneamente, pediu o microfone e declamou um poema escrito especialmente em homenagem a Helcio Hime. A emoção tomou conta do teatro.
O sucesso da ária Habanera (L’amour est un oiseau rebelle), de Georges Bizet — interpretada por Hime no show anterior sobre música francesa — foi tão impactante que o público pediu bis nesta apresentação. Pela primeira vez na história, um cantor com voz grave, encorpada, de barítono brilhante interpretou essa peça originalmente escrita para mezzo-sopranos. O resultado foi eletrizante. Hime ainda surpreendeu ao realizar um intenso taconeio flamenco, acompanhando com o corpo o ritmo espanhol da melodia. O público foi ao delírio.
O ecletismo do repertório, o refinamento interpretativo, as versões inesperadas e a potência vocal impressionaram. Helcio Hime alcança inacreditáveis dós de peito com um timbre pessoal e emocionado. A cada canção, uma surpresa. A cada história, um mergulho profundo na alma da música.
No grand finale, com vários bises, o teatro inteiro estava de pé — cantando junto, dançando, aplaudindo com entusiasmo.
Ao final, longas filas se formaram para cumprimentos e fotos. Todos queriam parabenizar o artista por sua performance arrebatadora.
Um espetáculo precioso. Emocionante, arrebatador, inspirador. Uma celebração da música e da arte que entrou para a história do Rio de Janeiro.
FICHA TÉCNICA
Figurinos: Men à Rigor
Cabelo: Maison Esmell
Fotografia: Luiz Mafra
Técnico de Som: Gilmar Ferreira
Equipe Técnica CCJF (teatro, luz e som): Gimenes, Robson e Flávio
Bilheteira: Bruna Aires
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Camila Carvalho, Julia Pereira, Academia Balance Fitness e toda a fantástica equipe do Centro Cultural da Justiça Federal