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Apenas 16% dos brasileiros compraram livros em 2023

Apenas 16% dos brasileiros compraram livros em 2023.

Setor varejista literário registrou um boom durante a pandemia, mas valor médio alto dos livros freou este crescimento

O interesse dos brasileiros por livros diminuiu no último ano. Durante a pandemia da covid-19, o mercado literário nacional havia registrado um boom no número de livros vendidos. Afinal, com as pessoas ficando mais tempo em casa e não precisando se deslocar para o trabalho, muitos viram neles uma ótima forma de passar o tempo e esquecer os problemas do dia a dia.

Entretanto, o ano de 2023 parece ter marcado o fim do entusiasmo dos brasileiros com os livros. Segundo dados levantados pela Nielsen BooksScan, com o fim do confinamento, as vendas desse setor no país registraram uma pequena queda em relação aos últimos anos. 

Apenas 16% dos brasileiros compraram livros em 2023

Para efeito comparativo, entre 2017 e 2022, foi notado um crescimento significativo na venda de livros, de 38%. Em 2022, foram comercializados 58,6 milhões de livros, o maior número registrado no período. Já em 2023, foram vendidos 54 milhões de livros, o que representa uma queda de 7% em relação a esse pico de vendas. Porém, esse valor ainda está acima do registrado antes da pandemia, quando foram vendidos 41,5 milhões de livros em 2019.

E a diminuição estaria ligada apenas ao fim da pandemia? Esse é um dos fatores, mas o motivo principal alegado pelos brasileiros que não compraram nenhum livro no último ano é o preço, que, na média, alcançou a marca de R$ 46,00. Os especialistas da área também destacam que essa queda era algo natural, uma vez que o crescimento dos últimos anos foi algo atípico.

Quantos brasileiros compraram livros em 2023?

Apesar do grande número de vendas, isso não quer dizer que muitas pessoas estão lendo assiduamente. O Panorama do Consumo de Livros, feito pela Nielsen Book Data e a Câmara Brasileira do Livro, apontou que 25 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais compraram um livro entre outubro de 2022 e outubro de 2023.

Ou seja, apenas 16% dos brasileiros adquiriram um livro nesse período. O levantamento ainda mostra que 69% desses consumidores compraram até cinco livros ao longo desses 12 meses, enquanto 8% se mostraram verdadeiros aficionados pela leitura, comprando 16 ou mais livros.

Apenas 16% dos brasileiros compraram livros em 2023

Como citado, o valor médio do livro ficou mais caro no último ano. A marca de R$ 46,00 representa um aumento de 7% em relação ao valor do ano anterior, quando a média estava em R$ 43,00. E essa foi apenas a segunda vez na série histórica da BookScan que o preço médio do livro teve um reajuste acima da inflação, que em 2023 foi de 4,6% no país.

Outro dado curioso revelado pelo levantamento foi que o faturamento da indústria de lojas com livros exclusivamente virtuais superou o das livrarias em geral. Isso se deve a expansão do varejo on-line, o que trouxe ainda mais desafios para as lojas físicas. Em 2022, as vendas dos livros no e-commerce representaram 35% da receita das editoras, com as livrarias ficando em segundo, com 27% do total.

Inclusive, proporcionalmente, está cada vez mais difícil encontrar livrarias físicas no Brasil. Em 2018, essa crise se acentuou quando grandes livrarias fecharam as portas em diversas cidades do país. No último ano, o Anuário Nacional de Livrarias apontou que existem 2.972 estabelecimentos desses no Brasil. Isso representa 1 livraria para cada 68 mil habitantes do país. Para efeito comparativo, no Japão, que é um país com extensão territorial bem menor, há 11.952 livrarias, o que significa uma para cada 10,5 mil habitantes.

Outro setor que causa preocupação é o dos livros CTP, que representa livros científicos, técnicos e profissionais. Desconsiderando as vendas ao governo, esse segmento teve uma queda de faturamento de 63% na última década. Em 2012, as editoras tiveram um faturamento de R$ 1,8 bilhão, enquanto em 2022, a receita foi de R$ 666 milhões, considerando os ajustes da inflação.

 

 

 

 

Andrezza Barros
Andrezza Barroshttps://www.namidia.com.br
Jornalista, entrevistadora e assessora de imprensa brasileira. É CEO do site andrezzabarros.com, onde realiza entrevistas com os mais diversos públicos, desde empresários, cantores, atores, médicos, políticos, entre outros indivíduos que queiram contar um pouco da sua história ao público. Além desses, Andrezza também comanda o site deadlinews.com.br e é sócia do site materialivre.com.
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