Edições Sesc SP e coleção Arte, Trabalho e Ideal. Dessa forma, Anna Bella Geiger ganha novo título da coleção Arte, Trabalho e Ideal, publicação das Edições Sesc SP, organizado por  Fabiana de Barros, Michel Favre e Márcia Zoladz

Além disso, com apresentação do diretor regional do Sesc São Paulo Danilo Santos de Miranda, o livro reúne entrevista, ensaio crítico, bem como, biografia e imagens de acervo pessoal e de obras da artista multimídia

Naturalmente, nascida no Rio de Janeiro em 1933, Anna Bella Geiger é escultora, pintora, gravadora, desenhista, artista multimídia e professora. A poética de sua produção contribuiu para o debate cultural brasileiro e sempre caminhou lado a lado com a sua atuação didático-educacional, tendo orientado inúmeros artistas reconhecidos nacional e internacionalmente.

Posteriormente, o segundo volume da coleção Arte, Trabalho e Ideal (o primeiro foi sobre Evandro Carlos Jardim), a edição conta com um texto crítico que reflete sobre o conjunto da obra de Anna Bella, escrito pela docente espanhola Estrella de Diego, além de uma entrevista da artista para o curador mexicano Pablo Léon de La Barra, que se inicia da seguinte forma: “A minha postura com relação à arte é conceitual ou ideológica. Eu não fujo disso”.

Por isso, em sua apresentação, o professor Danilo Santos de Miranda destaca: “Valorizar o legado da artista e seu percurso, que se mantém perenemente forjado por uma visão crítica, política e social, bem como por inquietações dos campos subjetivos, enseja o entrelaçamento das faces manifestas do que somos, ou do que podemos vir a ser.”

Edições Sesc SP e coleção Arte, Trabalho e Ideal

Edições Sesc SP e coleção Arte, Trabalho e Ideal

Pioneira do abstracionismo, Anna Bella Geiger é uma das mais importantes artistas brasileiras da segunda metade do século XX. Sua obra começa a ser reconhecida em desenho e gravura em meados dos anos 1950 e, já na década seguinte, seu trabalho torna-se figurativo.

De 1965 a 1968, ela produz o que é chamado pela crítica de “fase visceral”, na qual as imagens concebidas investigam a realidade orgânica mediante a representação fragmentada do corpo como referência a um possível mapa do microcosmo. 

Sua produção da década de 1970 recria perspectivas e traz muitas experimentações com fotogravura, fotomontagem, serigrafia, xerox, cartão-postal, vídeo e Super-8, sendo pioneira no campo da vídeo arte. Também apresenta trabalhos que abordam questões relativas à identidade e à cultura nacionais, ao local do artista na sociedade e a constituição do meio de arte no Brasil e sua posição no mundo.

Imagens de Acervo

Folhear as 156 páginas deste título é um convite a caminhar pelo ateliê da artista, onde se encontra, por exemplo, muitas imagens de acervo de suas experimentações, obras, fotos pessoais e os cartões-postais da série Brasil Nativo/Brasil Alienígena (1977), na qual Anna Bella dispõe nove cenas da vida indígena lado a lado com retratos de sua vida cotidiana, o que foi muito emblemático na época. Muito atual, esse trabalho demonstra a inquietude da artista ao pensar a cultura brasileira como resultado de tensões, continuidades e descontinuidades, e a negação de uma unidade cultural orgânica.

Para Anna Bella, trata-se de uma busca incessante por caminhos de expressão, sempre dentro de um processo contemporâneo, buscando refletir em cada uma de suas obras a sua percepção de realidade como forma de expressão individual e como meio de contestação.

Suas obras fazem parte do acervo de importantes instituições, como Tate Modern e Victoria & Albert Museum, em Londres; MOMA, em Nova York; Centre George Pompidou, em Paris; e Getty Museum, em Los Angeles.

Edições Sesc SP e coleção Arte, Trabalho e Ideal

Para os organizadores, investigar sobre os preceitos de arte, trabalho e ideal é como colocar em uma perspectiva triangular as relações entre o artista, os meios que ele emprega e a coletividade. Trata-se de uma geografia tão variável e mutável quanto as práticas do pensamento e indivíduos. Um triângulo sempre em movimento, como um protótipo que escapa a modelizações: “Quando o pensamento se torna forma, impulsionado por um processo coletivo, ele carrega consigo as condições de sua urgência. Urgência que, por sua vez, é renovada pela prática e inscrita em sua época, o tempo necessário para a sua realização”.

Ainda segundo os organizadores, “o triângulo  arte, trabalho e ideal circunscreve o gesto artístico. O pensamento crítico o acompanha e as técnicas o torna possível. Esse gesto define a fabulosa complexidade  da relação com o mundo e a insaciável necessidade que o artista tem de questioná-la, mensurá-la e inventá-la”.

Sobre a Coleção Arte, trabalho e ideal

A coleção Arte, trabalho e ideal, organizada por Fabiana de Barros, Michel Favre e Márcia Zoladz, propõe uma série de livros de pequeno porte, cada um contemplando a entrevista de um artista renomado em seu campo de atuação, um ensaio crítico de notório conhecedor de sua produção, uma breve biografia, fotos de suas obras mais representativas para o contexto da coleção e de seu trabalho, e uma versão integral do texto em inglês.

“[…] a noção de memória é sugerida tanto pelo próprio formato colecionável –podendo caracterizar um pequeno acervo sobre o assunto – quanto pela apresentação das lembranças dos artistas em entrevistas, aprofundando a construção de uma biografia atrelada a questões artísticas que passam a compor o repertório de cada leitor.”

Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo

Biografias

ANNA BELLA GEIGER

Assim também, é gravadora, pintora e artista multimídia com trabalhos em vídeo, bem como, instalações e objetos tridimensionais. Concomitantemente, desenvolveu uma carreira internacional, participando de exposições individuais e coletivas em museus e galerias. Então, no Brasil, participou de diversas edições da Bienal Internacional de São Paulo, da Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2011) e da Pinacoteca de São Paulo (2018).

Do mesmo modo, no exterior, expôs nas bienais internacionais de Veneza (1980), Tóquio (1979), Liverpool (2002) e Istambul (2019), no Centro de Arte Reina Sofía, em Madri (2000), na Fundação Cartier (2014) e no Centro George Pompidou (2012), ambos em Paris.

Realizou exposições individuais no Museum of ModernArt (MoMA), em Nova York (1978), a retrospectiva Brasil nativo/Brasil alienígena no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e no Sesc Avenida Paulista (São Paulo, 2019), que irá para o Stedelijk Museum voor Actuele Kunst (SMAK), em Ghent, na Bélgica.

Seus trabalhos integram as coleções do MoMA, do Centro Georges Pompidou, da Tate Modern e do Victoria and Albert Museum, em Londres, do Museu de Arte Moderna de Varsóvia e do Getty Institute, em Los Angeles. Atualmente, leciona no Instituto Superior de Belas-Artes (Hisk), em Ghent, e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), no Rio de Janeiro.

FABIANA DE BARROS

É artista plástica formada pela Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo (Faap). Possui pós-graduação em Multimídia na École Supérieure d’Art Visuel de Genebra (Head), Suíça. Sua obra é principalmente voltada à arte pública e contextual desde 1987. O Fiteiro cultural destaca-se dentre suas performances, vídeo instalações e trabalhos de web art no Brasil e no exterior. Principais exposições: Mais igual a menos – 18 anos do Fiteiro cultural,  Sesc  Pompeia,  2017;  BiwakoBiennal,  Japão,  2010;  Utopics.11th SwissSculptureExhibition, Suíça, 2009; Mira como se mueven, Fundación Telefónica, Madri e Going Public’05, New Contemporary Art Centre, Larissa, Grécia, 2005; 8ª Bienal de La Havana, Cuba, 2003; além de três participações na Bienal Internacional de São Paulo e uma na Bienal do Mercosul, onde foi selecionada para participar da mostra Projetáveis, em 2009. Recebeu também o prêmio da oficina Interactivos?’10: Ciencia de barrio, no MediaLab Prado, Madri, 2010.

Desde 1989, dirige o Arquivo Geraldo de Barros e organiza importantes exposições dedicadas ao artista, como a do Ludwig Museum, na Alemanha; nos Sescs Pompeia, Pinheiros e Belenzinho; no Instituto Moreira Salles (IMS); no Musée de l’Elysée, na Suíça; e no MoMA, em Nova York. Organizou os livros “Sobras e Fotoformas” (Cosac Naify, 2006) e “Geraldo de Barros: Isso” (Edições Sesc, 2013) e é autora de “Aberto [Open]: fiteiro cultural” (Edições Sesc, 2017).

MARCIA ZOLADZ

É jornalista, escritora, designer gráfica, editora de imagens especializada. Trabalhou em diversas áreas no portal de internet UOL e como diretora de Arte na Editora Abril. Graduada pela Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro, estudou projeto gráfico no California College of Arts, em Oakland, nos Estados Unidos, e fez estudos de pós-graduação em Comunicação na Ruhr Universität Bochum, Alemanha. No momento, trabalha como autora e editora de livros e publica regularmente artigos sobre design e história na Europa e nos Estados Unidos.

MICHEL FAVRE

Cineasta suíço trabalhando entre Genebra e São Paulo. Formado na École des Beaux-Arts, em Genebra, dirigiu vários documentários de longa-metragem. Desde 1996, desenvolve uma atividade artística conjunta com Fabiana de Barros sob o nome FABMIC. Juntos, realizam instalações de vídeo, performances multimídia e séries fotográficas.

Da mesma forma, atuou por mais de dez anos na televisão suíça como diretor de reportagem. De 2006 a 2014, lecionou cinema na Universidade de Arte e Design de Genebra (Head). Em sua filmografia constam os premiados longas-metragens “Geraldo de Barros – Sobras em Obras”, 1999; “Ouvindo Imagens”, 2006; e “Tão Perto, Tão Longe”, 2012. Sua última realização, “Viagem ao Vazio”, narra a obra Fiteiro cultural, de Fabiana de Barros, e estreou no CineSesc em 2018.

Portanto, os títulos das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridos em todas as unidades do Sesc São Paulo, nas principais livrarias, em aplicativos como Apple Store e Google Play e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria

SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO

Igualmente, pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade.

LOJA SESC VIRTUAL

A saber, a Loja Sesc Virtual, hospedada no Portal Sesc SP, é uma extensão das lojas físicas. Com possibilidade de atender a outros públicos, além dos frequentadores das unidades.

Assim, as Lojas Sesc, nas unidades da capital, do interior e do litoral do estado de SPaulo, disponibilizam publicações das Edições Sesc. Assim como,  CDs e DVDs lançados pelo Selo Sesc – em títulos de Jazz, MPB, Big Band, blues e outros ritmos. Além de itens de papelaria e linhas de produtos exclusivas. Todas desenvolvidas com base nas ações do Sesc São Paulo, na arquitetura de suas unidades e no Acervo Sesc de Arte Brasileira.

Acesse: sescsp.org.br/loja

Edições Sesc SP e coleção Arte, Trabalho e Ideal

Edições Sesc São Paulo | Comunicação
Bruna Z Daniel
bruna.zarnoviec@sescsp.org.br
edicoes.sescsp@sescsp.org.br

 

Fotos: Divulgação / Acervo Pessoal 
Edição: Redação Na Mídia
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