Amily Martins – Neuroarquitetura e a mudança dos paradigmas

• Amily Martins – Neuroarquitetura e a mudança dos paradigmas projetuais

Arquiteta Amily Martins, nos conta sobre o conceito da Neuroarquitetura e nos mostra alguns de seus incríveis projetos

 Antes de mais nada, Natural de Santarém/PA, Amily Martins começou sua trajetória profissional há 11 anos na construção civil. De lá pra cá, o repertório projetual expandiu, assim como as especialidades e áreas de atuação da arquiteta que hoje mora em Porto Alegre e coleciona hoje projetos em todo o país.

Então, embora seja apaixonada por projetos arquitetônicos residenciais, seu leque de projetos é bem  vasto e extenso incluindo condomínios, clínicas, projetos comerciais e corporativos, todos com foco em Neuroarquitetura, especialidade cujos preceitos a arquiteta é uma das pioneiras a utilizar.

Dessa maneira, seu conhecimento nesse campo de atuação não fica limitado a seus projetos. A ex professora universitária hoje divide seu tempo entre seu escritório e palestras em universidades e empresas que reconhecem a importância dessa metodologia projetual para o bem estar de colaboradores das empresas e sucesso profissional:

“Não estamos falando de um estilo e sim de um conceito muito abrangente e fundamental. A Neuroarquitetura é equivalente a acessibilidade, absolutamente indispensável em todo tipo de projeto. Diferentemente do que algumas pessoas imaginam, não se trata de algo abstrato ou místico, mas da utilização de gatilhos neurológicos comprovados cientificamente. Isso Significa que utilizamos conhecimento científico em harmonia com o conhecimento técnico pertinente a nossa formação. Tudo isso trabalhando com o estilo particular de cada arquiteto e sua criatividade e talento. Assim então, o resultado é fascinante!

Mais do que obras marcantes do ponto de vista estético e funcional, a Neuroarquitetura nos possibilita conquistar o bem mais precioso de todos que é saúde física e mental.” – explica a Arquiteta Amily Martins, para nossa jornalista Ranai Lima.

Projetos Clínicas

Logo então, em projetos de clínicas existe a preocupação do olhar humanizado não só para pacientes mas também para os profissionais da área da saúde. A Neuroarquitetura é uma das principais aliadas contra o burnout, melhorando, significativamente, a relação do profissional com seu ambiente de trabalho:

“Nesses anos todos, observei que profissionais da saúde tem uma rotina muito similar. Existe uma carga horária de trabalho muito além do que se considera saudável e um padrão de ambientes de atendimento. Costumam ser consultórios pequenos, frios, sem nenhum contato com o ambiente externo, com iluminação artificial muito branca. Não existe possibilidade de se fazer uma conexão positiva com um lugar assim. Com a Neuroarquitetura, cada detalhe é pensado para que o médico e o paciente sintam-se acolhidos, reforçando sentimentos de tranquilidade e segurança, seja para consultar ou ser consultado.” – conta Amily

Projetos Residências

Para projetos residenciais as principais referências são os elementos que trazem familiaridade. Por isso é fundamental respeitar o gosto do morador. A casa não é museu, precisa ter vida e antes de qualquer coisa precisa ser local de refúgio.  Sendo assim, o cliente precisa se reconhecer dentro do seu espaço e sentir de fato que esse é seu lugar no mundo. Inserir memórias afetivas por meio de peças decorativas, cheiros, cores e elementos que evidenciem a personalidade e história do morador são o ponto alto da neuroarquitetura residencial.

Projetos Corporativos

Além disso, projetos corporativos são um verdadeiro parque de diversões para a arquiteta. Com uma variedade de recursos que podem ser utilizados, esse tipo de construção, embora complexo, consegue refletir os resultados da neuroarquitetura de forma imediata. Funcionários se sentem motivados e são muito mais produtivos em um ambiente corporativo que estimule criatividade, proatividade e trabalho em grupo:

“É um dos projetos que mais me orgulho, não só pelo tamanho (são quase 1000m² de área construída) mas por todo conceito que exploramos desde o primeiro rabisco. Por se tratar de um projeto arquitetônico e interiores, pudemos inserir neuroarquitetura de forma ampla. Todos os ambientes, sejam de uso exclusivo de colaboradores ou de áreas para clientes, foram projetados para serem funcionais e memoráveis. As áreas de convivência dos colaboradores são, sem dúvida, minhas preferidas. São áreas de descanso que permitem momentos de descontração entre eles, deixando os intervalos de trabalho muito mais agradáveis, refletindo na produtividade do trabalho que será desenvolvido em seguida.”

Acompanhe seu trabalho

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Fotos: Roemi Fotografia e Erick Duarte / divulgação