A melhor competição é com você mesmo, faça o seu melhor

Luciano André Ribeiro, executivo de mercado financeiro, possui conquistas importantes em sua vida profissional. Além de professor, coach, mentor e palestrante, também, possui três livros lançados contribuindo para a transformação de pessoas.

Luciano, você tem uma longa e brilhante carreira no mercado financeiro. Como você iniciou e quais foram seus trabalhos de relevância e aprendizado?

Obrigado. Sou Engenheiro Mecânico, mas sempre quis trabalhar no mercado financeiro. Ainda na faculdade, apliquei para estágio em dois bancos e optei pelo Itaú, que era uma Instituição que me inspirava pelos seus valores que perduram a anos. Durante o estágio procurei conhecer as pessoas, entender como o Banco funcionava, quais as oportunidades e skills desejadas, e assim fui efetivado. Portanto, com mais clareza de objetivos e carreira fiz uma movimentação interna para área de negócio, onde me identifiquei e segui com muito aprendizado e conquistas. Dessa forma, acredito que o sucesso está na jornada e nela temos conquistas, entregas, aprendizados e também algumas frustrações. Aprendi muito nos 22 anos de carreira e, continuo aprendendo, diariamente, assim compartilho alguns aprendizados:

  • a melhor competição é com você mesmo, assim procuro sempre fazer o meu melhor;
  • podemos ser muito relevantes individualmente, mas somos muito mais relevantes em time;
  • devemos sempre ser gentil e respeitar as pessoas e suas particularidades;
  • tudo é sobre pessoas, e pessoas transformam, realizam e impactam;
  • não estamos aqui para cumprir papéis, temos que ser nós mesmos, nos diferentes contextos e cenários;
  • cliente é o nosso maior motivo e sempre devemos fazer junto com eles;
  • por fim, tudo o que eu faço é por propósito, assim faço para impactar pessoas, projetos e clientes.

A melhor competição é com você mesmo, faça o seu melhor

Hoje você é convidado para dar palestras e compartilhar experiências. Você acredita que formar novos líderes é importante, o que pensa da descentralização de poder?

Formar líderes é fundamental, faço isso todos os dias, assim temos que servir, compartilhar e “provocar” as pessoas/colaboradores para que acreditem e invistam nesta importante skill. Acredito e sou um exemplo que: liderança se desenvolve e também evolui, adoro o tema e sempre estou envolvido em dinâmicas, fóruns, eventos, treinamentos e palestras.

Cada vez mais, o modelo de trabalho caminha para formatos colaborativos, compartilhados e diversos, assim o poder e liderança é de todos, mas sempre com os papéis e responsabilidades definidos. Gosto e estou feliz com este momento de transformação que vivemos, possibilitando um ambiente de aprendizagem, experimentação, simplicidade, pluralidade e eficiência.

Dessa forma, assim como a informação/conteúdo, eu entendo que o poder também é coletivo, de todos, especialmente dos clientes. A reflexão que deixo aqui é que devemos usá-los de forma respeitosa, correta e ética.

Qual sua função hoje dentro da companhia em que atua?

Eu atuo como Superintendente de Negócios Empresas liderando um time super bacana, diverso e engajado para impactar clientes, ambientes, resultados e projetos. Para nós, todos os clientes são importantes e com eles vamos transformar o Banco do presente e futuro, mas também o nosso país, pois a cada ano as empresas do nosso país se tornam mais relevantes e uma força motriz para a nossa economia.

A melhor competição é com você mesmo, faça o seu melhor

Como você vê a digitalização rápida que a pandemia forçou a fazer. Todos tiveram que se adaptar, principalmente às áreas financeiras. Como foi esse processo na sua visão?

A pandemia, em que pese os motivos negativos e tristes, nos obrigou a acelerar o processo de digitalização sim, mas é uma jornada e não algo pontual.

O processo foi desafiador, de forma geral, no mercado, alguns ficaram pelo caminho, outros se adaptaram ou se reinventaram e muitos potencializaram as fortalezas, mas com muita humildade e visão positiva aceitaram o momento e investiram no digital, com a melhor convivência com o físico. Reforçamos o cuidado com as pessoas, dada a condição de saúde, e nos conectamos através de diferentes ferramentas, as reuniões acontecem via plataformas digitais conectando pessoas de diferentes regiões do Brasil e Mundo, os eventos, cursos, aniversários, confraternizações, etc… também, ganhamos eficiência, democratização, foco e uma intensidade diferente. O físico vai continuar, em um formato diferente, talvez híbrido, mas será fundamental.

A agenda de transformação digital é de todos nós, mas ela não é só sobre tecnologia, é sobre pessoas, as relações e mindset. Acredito que quanto mais digital, mais humanos devemos ser.

Você é esportista de carteirinha, e uma válvula de escape para as pressões cotidianas? O que o esporte te proporciona?

Sim, todos os dias eu corro e pratico esportes desde os 4 anos, em diferentes níveis de performance, de seleção brasileira até momentos de diversão com os meus filhos (skate).

O esporte ensina muito, no meu caso, compartilho um pouquinho com vocês:

  • aceitar e respeitar as diferenças;
  • lidar com situações de stress e expectativas, talvez, aprendemos a equilibrar emoções;
  • lidar com dor e resultados não esperados;
  • treinar forte e duro para o momento da competição ser divertido;
  • respeitar o oponente e ele não é inimigo;
  • a competição é contra eu mesmo;
  • a vitória é a satisfação, boa sensação,  de ter a certeza que fiz o meu melhor.

Atualmente, o esporte é o momento que dedico diariamente para mim, encontro o equilíbrio, ganho saúde, falo as minhas reflexões, etc., é especial e inegociável.

Você é um obcecado por meta? Ou acredita que o planejamento se dá no decorrer dos ciclos?

Existe uma única meta que sou obcecado: a satisfação dos nossos clientes. Acredito que ela deva estar no centro de nossas descrições diárias, e para isso é fundamental que tenhamos um modelo de trabalho bem definido.

Porém, vivemos em um ambiente em constante mudanças, e, com a evolução do digital e da tecnologia, cada vez mais os ciclos de inovação serão mais rápidos. Assim, precisamos estar dispostos a nos replanejar diariamente, trabalhar em um modelo de trabalho agile, que entende o que tem de novo no mercado, quem são nossos novos concorrentes, o que nossos clientes estão experimentando, quais são suas novas necessidades e desejos; usando o planejamento a favor do nosso objetivo central: a satisfação dos nossos clientes.

Que dicas você dá, para quem deseja iniciar uma carreira executiva?

Bacana, segue algumas dicas:

  • escolha o projeto e/ou a empresa que se sinta bem, completo e alinhado aos seus valores;
  • acredite nos objetivos (sonhos) e trabalhe duro para realizá-los;
  • defina prioridades, mas não muitas, assim você concentra esforços no que é importante para você;
  • seja curioso e sempre esteja disposto a perguntar e aprender;
  • invista nos skills técnicos, mas também nos comportamentais;
  • não cumpra papéis, seja você na plenitude em todos os contextos;
  • sempre busque evoluir e se transformar;
  • diariamente, reserve um momento só para você (60 minutos), para o equilíbrio;
  • seja humilde, gentil e transparente com todos os níveis hierárquicos.
Um livro, um filme, uma música que fazem parte da sua biografia de boas lembranças!

Difícil compartilhar somente um, pois muitos fazem parte da minha história e impactaram, mas vou tentar.

O livro: The Inner Game of Tennis, Timothy Gallwey
– conheci o livro com a recomendação de uma pessoa que respeito e admiro muito, em um momento especial. O livro traz reflexões transformacionais quanto ao autoconhecimento, equilíbrio interno e externo, “aprender a aprender” e melhor foco e performance.

O filme: pode ser uma série… The Last Dance, Netflix
– sou apaixonado por esportes, gosto muito do Michael Jordan e esta série me faz lembrar que para chegarmos onde almejamos, não é só sobre talento, mas principalmente sobre disciplina e sacrifícios que precisamos fazer todos os dias.

A música: Alegria, Cirque du Soleil
– gosto de três elementos desta música, ou seja, a melodia, a mensagem de que tudo que fazemos deve ser com alegria e a excelência do espetáculo.

Sobre Luciano André Ribeiro

Executivo do Itaú Unibanco com experiência e contribuições em diversos negócios e projetos e, assim,  atualmente ocupa a posição Superintendente Empresas.

Alumini e ACE (Advanced Certificate for Executive) pelo MIT, MBA Executivo pelo Insper, MBA pelo Instituto Mauá de Tecnologia e Engenheiro Mecânico no Instituto Mauá de Tecnologia – IMT. Igualmente, possui especialização na Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), assim como, Fundação Dom Cabral e realizou Singularity Executive Program, Entrepreneurship Program pela Babson College e International Management Program por Harvard. Formação em  Engenharia Mecânica pelo Instituto Mauá de Tecnologia – IMT.

Do mesmo modo, é membro da Academia Europeia de Alta Gestão, conselheiro e mentor do HackBrazil e Brazil Conference at Harvard and MIT, professor, palestrante, mentor, coach e investidor Angel.

Em suma, também, é Coautor do livro Histórias de sucessos 2, Global Editora, 2017; Livro Memórias de líderes de alta gestão, Literare Books, 2019 e, ainda, o Livro Liderança da Alta Gestão em tempos de crise, Literare Books, 2020

 

Fotos: Divulgação 
Fonte: Divulgação
Edição: Redação Na Mídia
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