Representantes da literatura negra e indígena. Diversidade: autoras negras e índias que você precisa conhecer.

Elas são representantes da literatura negra e indígena voltada para a infância, que deveriam ser conhecidas pelos leitores de todas as idades.

Formar um leitor consciente desde a infância. Este é o trabalho de autoras que direcionam suas obras para a representatividade e a diversidade.

Elas podem não ser conhecidas da grande mídia, mas seus livros esgotam-se rapidamente assim que lançados, seus eventos são repletos de crianças e adultos por todo o país e que no fundo deveriam ser conhecidas por todos.

Cada uma traz personalidade e características peculiares para as suas obras. 

No próximo dia 21 de março comemoramos o dia mundial da discriminação racial e selecionamos algumas representantes e suas obras para homenageá-las pelo trabalho de formação e conscientização que realizam por todas as comunidades brasileiras.

Representantes da literatura negra e indígena

São elas: Kiusam de Oliveira, Bianca Santana, Cidinha da Silva, Eliana Potiguara e Heloisa Pires Lima.

Kiusam de Oliveira

Representantes da literatura negra e indígena

 Aos 16 anos, teve seus primeiros contatos com a dança-afro, na Escola de Samba Unidos do Peruche.

De 2000 a 2007 montou a “Corte dos Orixás” do Bloco Afro Ilu Obá de Min, em São Paulo e começou a ministrar a oficina Ará Ayó: Dançando e Cantando com os Orixás, em São Paulo e em todo o país.

Também a partir daí, foi se aprofundando em danças-afro-brasileiras. Desde 2007 integra como bailarina e coreógrafa o show Tecnomacumba, de Rita Benneditto.

A partir de 2009, iniciou uma sequência de lançamentos literários, com grande repercussão nacional e internacional.

Suas obras foram premiadas por diversas frentes: com o livro Omo-Oba-Histórias de Princesas, altamente premiado e que em 2019 completou dez anos de sua primeira edição.

Prêmio ProAC Cultura Negra 2012 (O Mundo no Black Power de Tayó) e elencado no ranking dos dez livros mais importantes do mundo, em direitos humanos, pela ONU, entre outros.

Até o ano de 2019, a multi-artista dedicou-se também às atividades acadêmicas, tendo se mudado para o Espírito Santo para lecionar na Universidade Federal do Espírito Santo.

Após um longo jejum e retornando ao eixo Rio-São Paulo, assinou em janeiro de 2020 contratos para quatro novos e aguardados lançamentos literários, estando dois deles previstos para o primeiro semestre: 

-O Black Power de Akin(março de 2020), pela Editora de Cultura e O Mundo de Tayó em Quadrinhos (junho de 2020), pela Companhia das Letrinhas. 

Bianca Santana 

Representantes da literatura negra e indígena

Bianca é jornalista, escritora, cientista social, mestre em Educação. É de se esperar que haja muito trabalho seu disponível por aí.

E é verdade: ela já organizou diversas coletâneas. Mas a dica para os leitores mais jovens é o livro Quando me descobri negra, em que narra experiências suas e de outras pessoas negras relacionadas ao racismo cotidiano.

Cidinha da Silva

Representantes da literatura negra e indígena

Cidinha tem uma participação política e social bastante forte. Já atuou no Geledés, – Instituto da Mulher Negra, que chegou a presidir.

Em 2005, fundou o Instituto Kuanza, que desenvolve projetos de educação, ações afirmativas, pesquisa, comunicação, juventude e articulação comunitária.

Mas ela também tem livros publicados: escreveu Os nove pentes d’África (Mazza Edições, 2009) e Kuami (Pólen Livros, 2019).

Eliane Potiguara

Representantes da literatura negra e indígena

Mulher, escritora, ativista indígena. Indicada ao projeto internacional “Mil mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”.

Essa é Eliane Potiguara, uma das principais autoras indígenas da atualidade.

De origem potiguara, trabalha com projetos de propriedade intelectual indígena e participa da Rede Grumin de Mulheres Indígenas.

Entre seus livros, estão O pássaro encantado (Jujuba, 2014) e A cura da Terra (Editora do Brasil, 2015).

Heloisa Pires Lima 

Representantes da literatura negra e indígena

Ela já é conhecida na literatura infantil, em que atua há mais de 20 anos. Mas tudo começou durante seu trabalho como antropóloga e educadora.

Heloisa começou a notar a ausência de personagens negras nas histórias literárias e, então, passou a estudá-las e escrevê-las.

Hoje, já realizou trabalhos de organizar antologias com protagonistas negros, como O pescador de histórias (editora Peirópolis, 2004). editar selos e escrever seus próprios livros. Entre eles, estão 

-Histórias da Preta (Companhia das Letrinhas, 1998) e A semente que veio da África (Salamandra, 2005).

Fonte: A TABA (blog.ataba.com.br)

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