Mesmo com a crise Petrobras reduz prejuízo líquido.

A Petrobras registrou prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre deste ano.

Apesar do resultado negativo, em plena crise econômica global devida à pandemia do novo coronavírus e da queda no preço do petróleo, a companhia conseguiu reduzir substancialmente o prejuízo registrado no trimestre anterior, que foi de R$ 48,5 bilhões.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) e podem ser acessados na página da companhia na internet.

A Petrobras se pronunciou sobre os resultados em nota, no início da noite, salientando outros indicadores financeiros positivos, apesar dos efeitos da crise econômica.

“Mesmo em um cenário desafiador como o segundo trimestre de 2020, a Petrobras conseguiu apresentar sólidos resultados em função de decisões ágeis tomadas logo no início da crise.

A companhia fechou o trimestre com Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] recorrente de US$ 3,4 bilhões e fluxo de caixa livre de US$ 3 bilhões.

Números que mostram que, mesmo com redução de 42% no preço do barril de petróleo (Brent) e queda na demanda interna por derivados no período, a companhia seguiu firme em sua operação e com caixa para garantir sua liquidez.”

De acordo com a estatal, ambos indicadores são acompanhados atentamente pelo mercado como bons indicativos da saúde financeira: “O Ebitda é importante porque retira o efeito dos juros, impostos, depreciação e amortização do lucro líquido, facilitando a comparação de resultado entre companhias.

Fluxo

Já o fluxo de caixa livre é o saldo de caixa – resultante da diferença entre geração operacional e os investimentos do período – usado para fazer frente às obrigações financeiras e potenciais dividendos”.

Mesmo com a crise Petrobras reduz prejuízo líquido
Prédio sede da Petrobras à Av. Almirante Barroso, no Centro do Rio

Em mensagem aos acionistas, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, destacou os efeitos negativos trazidos ao mercado de petróleo e gás mundial, notadamente com o achatamento no valor do barril.

“A eclosão de uma crise global de saúde causou uma recessão global profunda e sincronizada que afetou severamente a indústria global de óleo e gás.

Os preços do petróleo Brent que eram primeiramente, de US$ 65 por barril em fevereiro despencaram para US$ 19 em abril de 2020.

Portanto, devido à contração de 25% na demanda global, ameaçando uma parada súbita nos fluxos de caixa.

Nosso orçamento de capital para 2020 foi do mesmo modo, reduzido.

Inicialmente, de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões.

Lançamos do mesmo modo,  iniciativas para cortar mais de US$ 2 bilhões em custos.

Além da postergação de desembolsos de caixa, incluindo salários de executivos e bônus anuais.

Também, a última parcela dos dividendos de 2019 e parte dos pagamentos devidos a grandes fornecedores”, disse Castello Branco.

Mesmo com a crise Petrobras reduz prejuízo líquido

O presidente da companhia citou várias medidas de redução de custos.

Justamente as que estão sendo implementadas.

Incluindo dessa forma, otimização no número de prédios e diminuição da força de trabalho, através de programa de demissão voluntária (PDV).

“Mais de 10 mil empregados se registraram no programa de demissão voluntária, cerca de 22% da nossa força de trabalho.

Isso implicará em reduções de custo de quase US$ 800 milhões por ano.

Estimamos que a racionalização da estrutura executiva traga redução de custos acima de US$ 200 milhões por ano.

Como consequência da redução da força de trabalho e adoção do home office, planejamos reduzir a ocupação dos atuais 17 edifícios administrativos .

Dos quais,  23 em 2018 – para apenas 8 no primeiro trimestre de 2021.

Outrossim, o que implica em cortes de custos de até US$ 30 milhões em 2021”, adiantou Castello Branco conclusivamente.

Fonte: Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro Edição: Aline Leal

Foto: Agência Brasil – divulgação

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