Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”.

PRÊMIO FUNARJ APRESENTA

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”

Duas únicas apresentações a preços populares

Teatro Armando Gonzaga (01/04)

Teatro João Caetano (07/04)

 

Assim. pela primeira vez na história da internacional Companhia Urbana de Dança, fundada em 2004 pela coreógrafa e diretora Sônia Destri Lie, uma montagem foi criada de forma tão rápida. Em apenas 22 dias nasceu Rota de Fuga, o primeiro espetáculo inédito pós-pandemia, inspirado na vivência dos dançarinos que sentiram na pele a limitação de dançar durante este difícil período do coronavírus.

Dessa forma, o Prêmio FUNARJ foi anunciado em dezembro de 2021 e, portanto, o resultado estará em cena em duas únicas apresentações, com preços populares. Ou seja, uma na zona norte, no Teatro Armando Gonzaga (01/04), e outra no centro, no Teatro João Caetano (07/04). Portanto, ambos espaços da FUNARJ.

Igualmente, cinco integrantes, todos oriundos de comunidades do Rio de Janeiro, voltam aos palcos com uma nova experiência que revela as mudanças pelas quais passaram, sejam pessoais ou profissionais, e com um fator sem precedentes: driblando o ganho de peso – obtido durante os dois anos praticamente parados.

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”
Foto: Jenner Souza

Então, em “Rota de Fuga’, a diretora Sônia Destri Lie assina a concepção e aposta em movimentos recheados de dramaturgia, sem exigências. O espetáculo é um trabalho de equipe. Desta vez partiu dos dançarinos que delinearam a coreografia em conjunto, e que junto com Destri, elaboraram a obra.

A última montagem aconteceu em 2018 com “Cinco passos para não cair no abismo”. Na fase do “fique em casa”, a Companhia produziu uma frase de coreografia por semana, e parte do material, desenhado naquele período, foi usado em “Rota de Fuga”. Segundo Sônia, cada um se expôs verdadeiramente a partir das loucuras pessoais percebidas e vividas por estarem trancados em casa durante a pandemia.

“O que importa pra mim é meu próximo trabalho, o que vou conseguir dar para os meninos”, diz. No palco, Miguel Fernandez, Tiago Sousa, Jessica Nascimento, Johnny Britto e, Elton Sacramento (este, dançarino e assistente de coreografia do espetáculo) se transformaram em adultos que a enchem de orgulho – estão com ela há pelo menos 12 anos.

O público poderá assistir a um espetáculo de olhar despudorado sobre o momento pandêmico pessoal, em que durante o processo de criação foi se moldurando a falar muito mais do afeto do que do drama que a pandemia trouxe. “Somos todos hoje ‘novos eus’, resultado dessa vivência, no isolamento, na desesperança, no medo”, revela Sônia.

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”

“Muitos bailarinos ficaram deprimidos, tiveram que se mudar de casa, perderam a forma física. Foi um período difícil, mas nada que a gente não consiga resolver” – complementa a diretora da Companhia.

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”
Foto: Jenner Souza

“Rota de Fuga” é o 15º espetáculo da Companhia Urbana de Dança. Não à toa, é uma referência em dança de rua dentro e fora do país, mesclando o talento nato dos dançarinos do asfalto com a técnica da dança moderna. Composta hoje por talentosos artistas afrodescendentes cariocas, a Cia se destaca em todo o mundo, com sucesso de crítica e público, e tendo conquistado importantes espaços na imprensa internacional.

Foi na estreia nos Estados Unidos, no New York City Center, em 2010, que o mundo se abriu para os cariocas. Esta apresentação teve uma grande importância na vida da Cia. Os críticos viram algo novo na mistura desenhada pelo grupo e se embebedaram nela: a dança brasileira contemporânea e o hip-hop de Destri se juntaram em uma só forma, com novo rigor. A coreógrafa traz de volta à sua profundidade emocional original, o alcance expressivo e a integridade poética.

Companhia Urbana de Dança em “Rota de Fuga”
Foto: André Valente

Sobre a Cia Urbana de Dança

Fundada no Brasil em 2004/2005 pelo bailarino Tiago Sousa e pela coreógrafa e diretora artística Sonia Destri Lie, a Companhia Urbana de Dança é um conjunto de artistas de rua que trabalha para fomentar a trajetória humana através da dança. A experiência de Destri viajando pela Europa para se aprimorar em teatro e cinema, a expôs às técnicas de hip-hop e b-boy.

A Companhia Urbana de Dança é hoje uma das mais conceituadas companhias do Brasil e do mundo. Realizando um trabalho minucioso de pesquisa das raízes culturais brasileiras e colocando este material em diálogo com as tendências contemporâneas da dança urbana, produz um material cênico e coreográfico riquíssimo e potente. A companhia também é conhecida por ter feito a última abertura do Fantástico (TV Globo).

Os espetáculos trazem as identidades de seus bailarinos, suas referências e atitudes, um sotaque carioca, brasileiro e afrodescendente, ao mesmo tempo traduzível aos outros países, inserindo-se afirmativamente no que há de mais contemporâneo em dança urbana. Colocam em destaque os talentos de jovens brasileiros negros e pobres na modernidade, numa postura afirmativa e pluralista.

Sobre Sônia Destri Lie

Carioca criada em Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro, Sônia Destri Lie teve uma família centrada. O pai era advogado de uma fábrica em Bangu , Zona Oeste do Rio de Janeiro, e a mãe era pintora. Muito ligada à questões estéticas, sempre gostou do belo. Toda esta formação permitiu a psicóloga, formada pela UFRJ, a ter jogo de cintura. Bem-humorada, acabou se destacando nas artes.

A formação artística veio através da Escola de Danças Clássicas / Fundação Teatro Guaíra onde ser formou. Destri recebeu o primeiro prêmio aos 18 anos. Desde lá, foram tantos, que ela nem sabe dizer quantas estatuetas já ganhou, mas para Sônia, isso não é o importante. Iniciou o contato com o hip hop na Europa, fazendo dança urbana na Alemanha. Formou a Cia Urbana de Dança em 2004, no Rio de Janeiro. Mudou a vida de jovens de comunidades e conseguiu extrair o melhor destes artistas que são um sucesso por onde se apresentam.

Altamente influenciada pelas formas de rua brasileiras, ela começou a integrar essas técnicas em sua já estabelecida sensibilidade de movimento contemporâneo. Nascida nas favelas do Rio de Janeiro, onde muitos de seus integrantes cresceram, a Companhia Urbana de Dança pretende transcender as fronteiras culturais, ao mesmo tempo em que apresenta habilidades ecléticas.

O trabalho da Companhia Urbana de Dança traz para o palco as identidades, depoimentos e atitudes de seus bailarinos, e o faz com um sotaque carioca, afro-brasileiro, mas universal. Enfim, o grupo está firmemente posicionado na cena de dança urbana mais contemporânea no Brasil e internacionalmente. Destaca os talentos de jovens negros e brasileiros pobres no mundo moderno, a partir de uma postura afirmativa e pluralista. .

Foto: Jenner Souza

“Eu quero que a Cia seja a melhor do mundo para o bailarino ficar” – Sônia Destri

FICHA TÉCNICA

Produção e direção: Sônia Destri Lie
Dançarinos – Miguel Fernandez, Tiago Sousa, Jessica Nascimento, Johnny Britto e, Elton Sacramento
Luz – Renato Machado
Assistente de Coreografia – Elton Sacramento
Trilha original – Rodrigo Marçal
Figurino – Zsolt

Serviço:

Rota de Fuga – Cia Urbana de Dança – Rio de Janeiro
Data: 1º de abril – sexta-feira
Horário: 16h
Local: Teatro Armando Gonzaga
Endereço: Av. Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias, 511 – Marechal Hermes
Ingressos: R$1,00
Classificação: Livre
@companhia_urbana_de_danca

Serviço:

Rota de Fuga – Cia Urbana de Dança – Rio de Janeiro
Data: 07 de abril – quinta-feira
Horário: 19h30
Local: Teatro João Caetano
Endereço: Praça Tiradentes, s/n – Centro
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia) – preços populares
Classificação: Livre
@companhia_urbana_de_danca – https://www.companhiaurbanadedanca.com.br/

 

 

Fonte: Claudia Tisato / Assessoria de Imprensa
Fotos: Autores Jenner Souza e Andre Valente
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