Reveillon na paulista cancelado pela pandemia.
Por causa da pandemia do novo coronavírus, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decidiu cancelar, este ano, as celebrações de ano-novo na capital.
Celebrações essas, tradicionalmente realizadas na Avenida Paulista.
O réveillon na Paulista costuma atrair até 2 milhões de pessoas que assistem a diversos shows e portanto, à queima de fogos na passagem de ano.
“Hoje anunciamos que também não teremos réveillon na Paulista nesta virada de ano de 2020 para 2021.
Tanto a prefeitura quanto o governo do estado entendem ser muito temerário organizar um evento para 1 milhão de pessoas.
Sobretudo na Avenida Paulista para dezembro deste ano”, disse Bruno Covas, em entrevista coletiva concedida hoje (17) no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo o prefeito, o réveillon trazia alguns benefícios econômicos para a cidade no setor de turismo, mas, em virtude do risco que a festa pode provocar, aumentando o número de infectados pelo novo coronavírus, a decisão foi pelo cancelamento.
“Avaliamos isso, mas, com a temeridade de organizar um evento para 1 milhão de pessoas, e o impacto que isso pode ter na área da saúde é bem maior do que qualquer prejuízo econômico que a cidade possa ter nesse instante.
Não há nenhuma possibilidade de se pensar, neste momento, em uma festa que reúne 1 milhão de pessoas.”
Reveillon na paulista cancelado pela pandemia
Na semana passada, o prefeito já havia anunciado que outro grande evento paulistano, a Virada Cultural (que promove 24 horas ininterruptas de atrações culturais por toda a cidade), será realizada em setembro, mas somente de forma online este ano.
Quanto à Parada LGBTQ+ e a Marcha para Jesus, que também mobilizam multidões, há previsão de que sejam realizadas em novembro.
O prefeito informou que tem conversado com os organizadores dos dois eventos para avaliar a possibilidade de realização este ano.
Carnaval
Bruno Covas disse também que planeja adiar o carnaval na cidade e que já está em contato com as escolas de samba da capital e com prefeitos de outras cidades do país para tentar uma nova data conjunta para os festejos no Brasil.
Segundo o prefeito, a preparação do carnaval no Sambódromo exige pelo menos seis meses de antecipação. Por isso, as autoridades correm para tentar adiar a data.
“Na nossa cidade temos também o carnaval de rua, que requer prazo menor de organização do que o carnaval do Sambódromo.
Em dois ou três meses, conseguimos organizar o carnaval de rua.
Para a realização no Sambódromo, são pelo menos seis meses, entre a preparação dos carros alegóricos e os ensaios das escolas.
Não é apenas aglomeração no dia do desfile, são 2 ou 3 mil pessoas em uma quadra ensaiando para o carnaval.
Estamos levando tudo isso em consideração”, afirmou Bruno Covas.
Fonte: Elaine Patricia Cruz/Agência Brasil – São Paulo Edição: Nádia Franco
Foto: José Cordeiro/SPTuris
Leia também: Número de mortes por Covid no Canadá é quase zero