Qual será o futuro do varejo de livros físicos? Desde o início da quarentena, o mercado editorial vem passando por transformações no modo de venda tradicional

Após a recente reabertura do comércio, as livrarias seguem na esperança de um futuro melhor para as vendas do varejo de livros físicos, mesmo com dados pouco animadores.

Segundo a pesquisa feita pela Nielsen Book para a Câmara Brasileira do Livro (CBL), assim como, o Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL), com a soma dos dados de 2019 e dos anos anteriores, o mercado editorial retraiu 20% desde 2006, acentuado com a crise, a partir de 2015.

Lembrando, ainda, que as principais livrarias do mercado, Saraiva e Cultura, entraram em processo de recuperação judicial.

Assim, a Saraiva teve ao todo 13 lojas fechadas entre maio e junho e a rede de livrarias que, no passado recente já foi a maior do país, encolheu para 62 lojas em 19 estados.

Qual será o futuro do varejo de livros físicos?

A varejista, em recuperação judicial desde 2018, lançou um plano de divisão de suas lojas em dois grupos e, vender um deles, pode ser uma alternativa.

Porquanto, para o Book Advisor Eduardo Villela, o declínio da Saraiva é uma realidade do mercado editorial brasileiro:

“A empresa já vinha enfrentando queda de receitas e resultados em função de um modelo de negócios inviável para o momento atual.

Dessa forma, mesmo com a flexibilização do comércio, a rede só terá chances reais de recuperação se reinventar sua forma de atuar no mercado”.

Então, diante desse cenário, será que ainda existe um futuro promissor para a venda de livros? “As pessoas não deixarão de ler e as livrarias não vão acabar no Brasil.

Ocorre é um processo de transformação do modelo de negócios atual, que está chegando à exaustão por conta da concorrência com a internet e de mudanças no comportamento de compra dos leitores.

Portanto, acredito que as megastores que são  verdadeiros hipermercados de livros e com um atendimento ao cliente de baixa qualidade, bem como, problemas de gestão de estoques desaparecerão em questão de pouco tempo.

Qual será o futuro do varejo de livros físicos?

E veremos um renascimento das livrarias pequenas, especializadas em uma ou duas categorias de livros, por exemplo: uma loja que só venderá livros de gestão, carreira e negócios; ou outra apenas de obras infantis.

E ainda com um atendimento de excelência e uma disponibilidade de títulos bastante completa,  isto é, nestas livrarias menores a experiência do cliente será muito agradável.” enfatiza Villela.

Villela que possui uma longa carreira no mercado editorial, já lançou mais de 600 livros de variados temas.

Entre eles, por exemplo,  comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infanto-juvenil e adulta.

O futuro para o crescimento e a recuperação do varejo livreiro está ligado também ao incentivo e interesse da população pela leitura. “Nesse sentido é muito importante que editoras e livrarias se unam para realizar campanhas de valorização da leitura e dos livros, finaliza Eduardo.

Qual será o futuro do varejo de livros físicos?

Qual será o futuro do varejo de livros físicos?

Sobre Eduardo Villela 

Graduou-se em Relações Internacionais e cursou mestrado em administração, ambos na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).

Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles:

  • comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infanto-juvenil e adulta.

Assim, trabalhou como editor de aquisições de livros universitários e de negócios na Editora Saraiva, editor de livros de negócios na editora Campus-Elsevier.

Também foi gerente editorial de todas as linhas de publicações na Editora Gente e copublisher e diretor comercial na Editora Évora.

Mais informações em  http:// www.eduvillela.com

 

Fotos: Divulgação / Arquivo Pessoal

Fonte: Divulgação / Rosimere Basílio 

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