Pais devem ficar atentos à Depressão Infantil
Os pais, os cuidadores, escolas e profissionais de saúde devem ficar atentos à depressão infantil ou mesmo episódios de crises depressivas na infância.
O diagnóstico tardio pode fazer com que a criança mantenha os sintomas da depressão infantil e leve para a fase da adolescência. Assim, na fase adulta poderá eternizar esses prejuízos sociais e afetivos.
A princípio, é importante que os pais observem alguns sinais que podem revelar traços da doença.
Isso poderá diminuir o sofrimento do filho ou até mesmo interromper ou suavizar esse sofrimento
Portanto, é muito importante compreender, apoiar e buscar auxílio de especialistas para ajudar a criança com depressão.
Sobretudo, alguns sintomas são:
-dificuldades na escola; problemas de relacionamento com os colegas de classe;
–falta de concentração e desinteresse em aprender; tristeza excessiva, constante e que leva a isolamento; irritabilidade sem motivo aparente;
-tédio, pouca energia para as atividades e relacionamentos; baixa autoestima; descrença em si mesmo; dores de cabeça ou de barriga ou nos membros inferiores; entre outros.
Além das medicações específicas, há diversos tipos de tratamentos psicológicos como, por exemplo, a Terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Trata-se de uma intervenção que atua sobre os pensamentos negativos causados pela depressão trabalhando na criança formas racionais e de autocontrole na busca de ações que a ajudem a lidar com eles e os redirecionando para situações e estados emocionais positivos.
Pais devem ficar atentos à Depressão Infantil
Há também a psicoterapia de orientação psicodinâmica. Essa intervenção é responsável por ajudar na a reativação do processo de desenvolvimento normal.
Ou seja, isso significa que as experiências na relação terapêutica contribuem bastante para revisões construtivas de si mesmo, expressando-se em mudanças nas representações de negativas de si e das outras pessoas, por meio do aprimoramento de habilidades reflexivas da criança.
Este modelo de terapia proporciona aos pequenos a possibilidade de explorar melhor a liberdade interna, além de otimizar suas capacidades adaptativas.
Ainda há a psicoterapia interpessoal. Ou seja, esse modelo terapêutico procura fazer conexões entre o início dos sintomas da depressão infantil e os problemas interpessoais enfrentados atualmente pela criança.
Dessa forma, tal intervenção lida mais com os relacionamentos dos pequenos com as pessoas. Portanto, isso enfatiza mais o contexto social imediato do paciente.
O profissional busca intervir na formação dos sintomas e na disfunção social atribuída à depressão do que propriamente em aspectos da personalidade do paciente.
Pais devem ficar atentos à Depressão Infantil
Assim, como todas as condições neuropsiquiátricas, a depressão infantil também pode envolver comorbidades.
Portanto, estudos sugerem que essa condição pode vir acompanhada de outros transtornos comportamentais, bem como, neurológicos e distúrbios de desenvolvimento associados.
Ela pode ser diagnosticada em crianças que convivem com Transtorno de Ansiedade (TA), Transtorno de Conduta (TC), Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Dislexia e Migrânea.
De acordo com pesquisas, a depressão infantil pode aparecer por causa de fatores ligados tanto a parte genética quanto a ambientais tais como:
-história de depressão e transtorno bipolar na família, uso precoce de álcool bem como alcoolismo na família, além de abuso físico e sexual;
-a presença do TDAH (especialmente o do tipo desatento), perdas de pais, de irmãos e amigos; responsáveis com comportamento inadequado, bullying, entre outros.
Dr. Clay Brites
Dr. Clay Nrites é Pediatra e, também, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber.
Fotos: Divulgação / Arquivo Pessoal
Fonte: Joyce Nogueira
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