Macron rejeitou pensão vitalícia a que teria direito. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a renúncia à pensão vitalícia a que teria direito ao deixar o governo.
O anúncio ocorre em meio a protestos que ocorrem em todo o país contra o projeto oficial de reforma do sistema de aposentadorias diferenciadas existente na França.
Macron rejeitou pensão vitalícia a que teria direito
Em comunicado oficial, Macron anunciou do mesmo modo, que não fará parte do Conselho Constitucional, cargo remunerado ao qual ascendem os ex-chefes do governo francês.
O presidente, de 42 anos, rejeitou beneficiar-se de uma lei de 1955 pela qual os chefes de governo recebem, ao deixar o cargo, pensão vitalícia equivalente ao salário de um conselheiro estatal, em torno de 6.220 euros por mês.
“Trata-se de uma questão de exemplaridade e coerência”, diz o presidente no comunicado oficial, posteriormente.
Macron assegurou que, de agora em diante, a lei não se aplicará a nenhum futuro presidente e que, em seu lugar, será criado um sistema diferenciado no regime universal de pensões por pontos que está sendo negociado atualmente.
O projeto de reforma da previdência em negociação na França, que pretende acabar com os 42 diferentes regimes de aposentadoria existentes hoje, provocou manifestações de protesto e greve no setor de transportes desde o dia 5 deste mês, paralisando parcialmente o país.
A falta de acordo entre os sindicatos indica que não haverá trégua nos feriados de Natal e ano-novo.
Sobre Macron
Emmanuel Jean-Michel Frédéric Macron, 42 anos, é um político, funcionário público e banqueiro francês, atualmente, presidente do seu país.
Estudou filosofia na Universidade de Paris X – Nanterre.
Concluiu um mestrado em políticas públicas no Instituto de Estudos Políticos de Paris, e logo depois se formou na Escola Nacional de Administração em 2004.
Em seguida, passou a trabalhar na Inspeção-Geral de Finanças antes de se tornar um sócio do banco Rothschild.
Posteriormente, membro do Partido Socialista entre 2006 e 2009, foi nomeado secretário-geral adjunto da Presidência da República por François Hollande em 2012.
Dessa forma, se tornou ministro da economia em 2014 no governo Valls.
Como ministro, apoiou reformas pró-empresariado.
Ele saiu do governo em agosto de 2016 para lançar portanto, sua candidatura à presidência na eleição de 2017, a qual anunciou oficialmente em novembro de 2016, poucos meses após fundar seu próprio partido político, o Em Marcha!.
Fonte: Télam, Agência Nacional de Notícias da Argentina – Buenos Aires
Foto: Omer Messinger – EFE – Direitos Reservados
Leia também: Alesp aprova Nova Previdência para servidor