As conquistas femininas ao longo dos séculos.

Dia Internacional da Mulher
Nove livros que retratam conquistas femininas ao longo dos séculos
Publicações da Edusp revelam como as mulheres evoluíram e romperam barreiras nas artes, trabalho, história e política

No próximo dia 8 de março será comemorado o Dia Internacional da Mulher e, para contextualizar a importância desta data, a Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) apresenta nove obras que abordam lutas, conquistas, desafios e a representação feminina ao longo dos séculos. São livros que transitam por temas como artes, história, política, arquitetura e contribuem para a discussão para a busca por direitos e contra discriminações e violências de gênero que persistem em todo o mundo.

As conquistas femininas ao longo dos séculos

As conquistas femininas ao longo dos séculos

Há publicações que mostram, por exemplo, como as mulheres precisaram quebrar paradigmas para ter voz nos meios artístico e literário, que eram hegemonicamente masculinos. Muitas vezes, escultoras e escritoras eram marginalizadas, mas tiveram o valor de suas obras reconhecidos posteriormente e contribuíram para mudar a própria forma como o feminino é representado.

Autoras e organizadoras de estudos como Ana Paula dos Santos Martins, Eva Alterman Blay, Lúcia Avelar e Ana Paula Cavalcanti Simioni registram também como a mulher e o movimento feminista conquistaram espaço e voz no mercado de trabalho, na educação, na estrutura familiar, na política e na mídia.
 

Confira a lista de obras:
“O Fantástico e suas Vertentes na Literatura de Autoria Feminina no Brasil e em Portugal” – de Ana Paula dos Santos Martins (2021, 400 páginas)

Lançado no último mês de dezembro, traz uma análise comparativa pela perspectiva de gênero das formas literárias e também da construção cultural e de papéis sociais exercidos por homens e mulheres. Ainda, apresenta ficções de escritoras marginalizadas e debate procedimentos estéticos transgressores em relação à tradição canônica e masculina.

“50 Anos de Feminismo” – organizadoras Eva Alterman Blay e Lúcia Avelar (2019, 352 páginas)

Coletânea de sete anos de pesquisas de acadêmicas, militantes e promotoras de políticas públicas voltadas às mulheres, que aborda como o movimento feminista, no Brasil, Chile e Argentina, provocou mudanças culturais no trabalho, educação, estrutura familiar, política e nos meios de comunicação.

“Gênero e Feminismos” – organizadoras Eva Alterman Blay, Lúcia Avelar e Patrícia Rangel (2019, 488 páginas)

Obra dá continuidade aos debates de “50 Anos de Feminismo”, para avaliar e comparar os processos de transformação da condição de gênero, desde políticas públicas, justiça e violência, direitos sexuais e reprodutivos, até a eleição de mulheres para a presidência da República nos três países no início do século 21.

“Profissão Artista” – de Ana Paula Cavalcanti Simioni (2019, 360 páginas)

Focado em cinco trajetórias paradigmáticas das pintoras e escultoras acadêmicas, expõe questões sobre a condição das mulheres no tempo, disposições no curso da formação que modelaram escolhas, o caráter masculino da atividade artística e os desafios que enfrentaram no período que vai de meados do século 19 até 1922.

“Domesticidade, Gênero e Cultura Material” – organizadores Flávia Brito do Nascimento e outros (2017, 432 páginas)

Coletânea de estudos sobre questões de gênero relacionadas ao espaço doméstico e à cultura material. O livro busca aprofundar o diálogo entre arquitetura, ciências sociais e história, de forma a relacionar as permanências e as transformações nos modos de morar com processos técnicos, estéticos, espaciais, morais, sociais, econômicos e políticos.

“Gênero e Artefato” – de Vânia Carneiro de Carvalho (2021, 368 páginas)

Trata da organização do espaço e do sistema domésticos, em período marcado por transformações na cidade de São Paulo, e estuda, com aspectos relacionados ao gênero feminino, como ambientes, trabalho doméstico, desejos e gratificações simbólicas. É um estudo sobre cultura material que permite o entendimento da cultura de gênero.

“A Mulher e a Cidade” – de Bianca Ribeiro Manfrini (2011, 268 páginas)

O livro aborda como a produção literária de autoras de diferentes décadas do século 20.  Patrícia Galvão, Maria José Dupré, Carolina Maria de Jesus, assim como, Zulmira Ribeiro Tavares, representa e sedimenta uma modernidade tardiamente em São Paulo. Portanto, o estudo sugere uma reflexão sobre historiografia literária, que as marginalizou por diversos motivos.

“Intérpretes da Metrópole” – de Heloisa Pontes (2010, 464 páginas)

O livro busca apreender as relações entre a cidade, a vida intelectual, a universidade e o teatro. Ou seja,  sob a ótica da história da cultura e das relações de gênero. Tudo isso no período que vai de 1940 até os últimos anos da década de 1960. Do mesmo modo, compara as trajetórias das críticas de cultura e escritoras Lúcia Miguel Pereira, Patrícia Galvão e Gilda de Mello e Souza.

“Imagens da Mulher no Ocidente Moderno” – de Isabelle Anchieta (2021, 704 páginas)

A saber, são três volumes que combinam a análise sociológica das formas de representação das mulheres nas sociedades ocidentais. Igualmente, com a apreensão dos sentimentos por meio de detalhes da linguagem pictórica. A autora faz um exame minucioso das imagens femininas nas artes plásticas do ocidente, desde a emergência da Idade Moderna ao fim do século 19.

 

 

 

Fonte: Caio Prates, Fabio Galiotto e Murilo Carmo
Foto: Divulgação
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