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Acabou e Nem Falamos de Amor

Acabou e Nem Falamos de Amor, a nova exposição da Casa Yara DW ocupará a galeria intimista de Yara Dewachter reunindo obras da própria anfitriã e de outras duas artistas, Ana Paula Albé e Thelma Penteado.

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Acabou e Nem Falamos de Amor.

Acabou e Nem Falamos de Amor, nova exposição da Casa Yara DW, revela interseções da poética de Ana Paula Albé, Thelma Penteado e Yara Dewachter

Com curadoria de Henrique Xavier, a mostra é composta de fotografias, intervenções textuais e uma performance que ganhará as ruas do entorno da galeria sediada no bairro de Pinheiros, em São Paul

Com abertura em 18 de maio de 2024 e visitação até 13 de julho, Acabou e Nem Falamos de Amor, a nova exposição da Casa Yara DW ocupará a galeria intimista de Yara Dewachter reunindo obras da própria anfitriã e de outras duas artistas, Ana Paula Albé e Thelma Penteado.

Tendo curadoria de Henrique Xavier, a mostra estabelece diálogos entre a poética das três artistas a partir da junção de séries de fotografias, intervenções textuais e a performance Eu Queria Ser Ela, uma investigação sobre os anseios e frustrações do universo feminino desenvolvida por Yara que ganhará as ruas do entorno da galeria que recentemente completou um ano de abertura e se localiza no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

“Uma atenciosa retratista da realidade das mulheres, tendo em suas obras já muito se multiplicado nelas e sempre interpretando tantas outras, em Eu Queria Ser Ela Yara retrata e narra não apenas a história de seus sonhos, mas como cada uma dessas sete mulheres se perdeu ou se encontra tão longe desses sonhos”, explica o curador da mostra, Henrique Xavier.

Acabou e Nem Falamos de Amor

Elaborada a partir de sete retratos feitos por Yara de mulheres anônimas flagradas de costas e caminhando por diferentes ruas, a performance será realizada por sete mulheres que contarão suas histórias em voz alta enquanto carregam estandartes com essas fotografias estampadas em voil, um tecido fino e translúcido.

“Nas fotografias, Yara cuidadosamente elabora um rico desfile do dia a dia, em que as mulheres tentam se perder nas ruas para acalmar seus pensamentos. De costas, seus rostos jamais são vistos, mas você pode imaginar as expressões estampadas em suas faces a partir das histórias que estão sendo contadas”, complementa Xavier.

A apropriação da arte como um mecanismo de defesa da potência feminina também salta aos olhos nas criações de Ana Paula Albé, como em Monstronauma imponente mulher integralmente pintada de preto e com cerca de quatro metros de altura, que estampará uma das paredes e se dobrará no teto do espaço expositivo.

A exuberância de Monstrona

Exuberância de Monstrona propositalmente contrasta com uma pequena reprodução em foto em preto e branco de a Carioca, pintura de Pedro Américo, de 1882, que é considerada o primeiro nu frontal feminino em tamanho real da história da arte do Brasil. A apropriação e subversão da consagrada tela feita por Ana Paula, nas palavras do curador de Acabou e Nem Falamos de Amor, é uma oportuna provocação.

“A grandiosa imagem de uma mulher nua feita pelas mãos de um homem é transformada pela artista em uma pequena reprodução fotográfica PB como a marcar o lugar ideológico dela nessa invertida história de representações por imagens”, diz.

Mind The Gap

Mind The Gap, a advertência enunciada em inglês para que usuários do metrô não caiam no vão das plataformas de embarque, intitula o conjunto de fotografias produzido por Thelma Penteado.

Em 13 obras que retratam paisagens naturais digitalmente fraturadas e também imagens abstratas tiradas do interior de trens em velocidade de onde se vê fragmentos quase não identificáveis das estações, cartazes e túneis por onde eles passam, Thelma desafia o olhar do observador a partir de fotografias que foram obtidas em um processo atípico de seleção: a escolha de imagens imperfeitas.

“Conversando com Thelma, descobri que as imagens tiveram erros técnicos e somente as imagens com erros lhe interessaram. A veloz paisagem é lida erroneamente pelo software de sua câmera, e justamente lá, onde tão importante inteligência artificial em um instante se perde, Thelma enxerga outra paisagem que delicadamente revela que desde dentro algo vacila em nosso presente e futuro na relação tecnológica com as imagens”, conclui Xavier.

A expectativa da abertura

Para Yara, a expectativa da abertura de Acabou e Nem Falamos de Amor, e o primeiro contato do público com as proposições elaboradas por ela, Ana Paula e Thelma é um momento de celebração que culmina de um trabalho realizado de forma colaborativa e alicerçado em grandes afinidades entre as três artistas e o curador da mostra.

“Desde outubro de 2023, a gente vem desenvolvendo essa exposição em um processo de acompanhamento com o Henrique Xavier. Todo o processo foi muito instigante, ao mesmo tempo cansativo e, às vezes, até desorientador. Mas conseguimos chegar a um bom resultado. Que venha agora a exposição”, conclui.

SOBRE YARA DEWACHTER

Natural de São Bernardo do Campo,  é uma artista que mergulha na experimentação de matérias primas e narrativas: da fotografia com cera de abelha aos desenhos e objetos de assemblage. Seu trabalho investiga as relações familiares, a projeção do feminino e suas violências a partir da produção e apropriações de imagens frutos das andanças pelas cidades.

Com participações em salões de arte, prêmios e exposições internacionais, como em Svendborg, na Dinamarca, Yara continua a expandir seu alcance artístico. Por nove anos à afrente do Grupo Aluga-se, organizou mais de 30 exposições, ações e iniciativas itinerantes em diversos Estados brasileiros.

Sua série Eu Queria Ser Ela, iniciada em 2013, captura a beleza e a poesia das mulheres em suas jornadas diárias por ruas e territórios. Seu compromisso com a representação do feminino também se reflete em projetos como Camélias, uma série de desenhos retratando uma centena de mulheres da história brasileira.

Atualmente, lidera a Casa Yara DW, um espaço que vai além de seu ateliê e abriga exposições, cursos de arte e eventos culturais. Em sua mais recente publicação, Vira-lata, lançada em 2022, Yara une suas imagens e textos a performances, evidenciando sua transição da publicidade para a arte.

SOBRE ANA PAULA ALBÉ

Como artista visual, Ana tem o corpo como ponto de partida de trabalhos que usualmente entrelaçam as linguagens da fotografia e do vÍdeo. É doutora em Poéticas Visuais pela ECA/USP e editora idealizadora da Piscina Pública Edições. Há oito anos conduz oficinas de fotografia principalmente nas unidades do SESC-SP.

Recebeu os prêmios I Concurso de Arte Contemporânea do Itamaraty 2011 (Aquisição), DIVA 2010 (Residência artística em Copenhagen) e a bolsa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Brasil 2009.  Participou do XI Salão da Fotografia 2008 MARP_Ribeirão Preto/ SP, Festival Panorama 2008 – RJ, Festival de Dança de Recife 2008 – PE e Mostra SESC de Artes 2008 – SP, além de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior.

SOBRE THELMA PENTEADO

Artista visual, engenheira agrônoma de formação (Esalq/USP) e reside em São Paulo.

Sua pesquisa artística se orienta na fotografia. Utiliza de repetições e inventários para fazer conexões entre os universos temáticos da paisagem. Assim como, da memória e do ordinário. Entende a repetição como uma ferramenta para deslocar limites. E, ainda, objetos comuns para um lugar de questionamento renovado.

Nos últimos trabalhos, tem se dedicado ao estudo da paisagem. Ou seja, encarando-a como um veículo em movimento, aberto à influência do olhar, da memória e das emoções.

Atualmente participa do grupo de estudos avançados em fotografia do Ateliê Fotô. Com os orientadores Fabiana Bruno e Eder Chiodetto e do acompanhamento de artista com Henrique Xavier na Casa Yara DW. Também participou de exposições coletivas em importantes galerias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

SOBRE HENRIQUE XAVIER

Henrique P. Xavier dedica-se a projetos, principalmente na interface e mistura entre filosofia, artes visuais, literatura e política. É doutor em Filosofia pela USP e possui graduação em Artes Visuais pela mesma universidade. Atualmente, desenvolve extensas pesquisas sobre as obras do artista visual Carlos Fajardo, do romancista James Joyce e da filósofa Marilena Chauí.

Fajardo, artista de quem desenvolveu uma série de curadorias. Está terminando a organização e autoria de um livro para a Editora Cosac (antiga Cosac Naify). E referente a Joyce, coordena a Coleção rolarriuana acerca da obra do escritor irlandês para a Ateliê Editorial. E está finalizando uma tradução a 18 vozes do romance Ulysses. Tendo selecionado 18 escritores brasileiros para a tarefa, um para cada capítulo do livro.

Chauí, está organizando o volume de seus escritos sobre arte e estética para Coleção Escritos de Marilena Chaui na editora Autêntica.

É professor em um seminário semanal sobre arte contemporânea, tendo já ministrado cursos na USP e UNESPAR; faz acompanhamento de projetos e trabalhos de arte. E, também, atua com curadoria, tendo desenvolvido exposições para o SESC-SP, Museu Oscar Niemeyer. Assim como, Instituto Ling, Galeria Camargo Guarnieri e Baró Galeria, entre outros.

SERVIÇO

Acabou e Nem Falamos de Amor

Abertura da exposição: 18 de maio de 2024, das 14h às 18h

Encerramento da mostra: 13 de julho de 2024

Horários de visitação: de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h

Casa Yara DW

Rua Costa Carvalho, 52

www.casayaradw.com.br

Instagram: @casayaradw

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
EdiçãoRedação Na Mídia
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