Acordo está sendo rediscutido após críticas do presidente dos EUA, Donald Trump.
As autoridades comerciais dos Estados Unidos, México e Canadá precisam detempo para descobrir como atualizar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).
Esta é a fala da chanceler canadense, Chrystia Freeland, desta última sexta-feira (6), após reunião em Washington.
Freeland se reuniu com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e com o ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo, para se alcançar um acordo.
Mas Freeland, falando a jornalistas do lado de fora do prédio onde as negociações desta sexta-feira aconteceram, deixou claro que não houve grandes avanços.
“Tivemos algumas conversas construtivas, tanto ontem quanto hoje, e esse ritmo intenso de trabalho, que vem acontecendo nas últimas semanas, continuará nos próximos dias“, disse ela. “Vamos continuar trabalhando até conseguirmos um bom acordo“.
Lighthizer, citando a necessidade de evitar confrontos com as eleições presidenciais mexicanas em 1º de julho, diz que quer as diretrizes de um acordo para atualizar o tratado do Nafta.
Presidente Donald Trump disse que as três nações deveriam ter algo para anunciar em breve.
Mas há grandes desafios a serem superados.
Desafios como a exigência dos EUA de que o conteúdo norte-americano de veículos fabricados nos países do Nafta seja aumentado de 62,5% para 85%.
“Continuamos trabalhando nessa área e a fazer alguns bons progressos e avanços“, disse Freeland sem dar detalhes.
“Estamos lidando com uma questão preto no branco. Não podemos deixar as coisas em cinza”, disse uma fonte com conhecimento direto das negociações, citando a grande complexidade da indústria automotiva.
“A última coisa que você iria querer é fazer algo que não está dentro das regras e depois alguém dizer que você não está cumprindo as normas do Nafta e precisa pagar tarifas”, disse a fonte.

A falta de clareza sobre o futuro do tratado atingiu as moedas canadense e mexicana nos últimos meses.
O que tem preocupado os mercados financeiros sobre possíveis danos ao altamente integrado mercado norte-americano.
O presidente-executivo do Royal Bank do Canadá, Dave McKay, disse a que a incerteza sobre o tratado era uma preocupação para os clientes do banco.
Porém, ele continua esperançoso de que um acordo seja alcançado.
Fonte: G1 – Economia
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