Presidente abre debates na Assembleia Geral da ONU.
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (22) que o Brasil é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”.
Ao abrir a sessão de debates da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), Bolsonaro justificou que há interesses comerciais por trás das notícias sobre queimadas e desmatamentos e que os incêndios que atingem as florestas brasileiras são comuns à época do ano e ao trabalho de comunidades locais em áreas já desmatadas.
“A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, disse.
“O Brasil desponta como o maior produtor mundial de alimentos. E, por isso, há tanto interesse em propagar desinformações sobre o nosso meio ambiente”, completou.
Durante seu discurso, o presidente destacou o rigor da legislação ambiental brasileira, mas lembrou a dificuldade em combater atividades ilegais na Amazônia, como incêndios, extração de madeira e biopirataria, devido à sua extensão territorial.
Ele ressaltou que, juntamente com o Congresso Nacional, está buscando a regularização fundiária da região, “visando identificar os autores desses crimes”.
“O nosso Pantanal, com área maior que muitos países europeus, assim como a Califórnia, sofre dos mesmos problemas.
As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local, somada ao acúmulo de massa orgânica em decomposição”, disse.
Covid-19
Em meio à pandemia do novo coronavírus, esta edição da Assembleia Geral da ONU é realizada de forma virtual. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a fazer um pronunciamento. Portanto, o presidente Bolsonaro, assim como os outros líderes mundiais, enviou a declaração gravada.
Primeiramente, lamentou as mortes por covid-19 e reafirmou o alerta de que o vírus e as questões econômicas “deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”.
Bolsonaro listou inicialmente, as medidas econômicas implementadas pelo governo federal.
Assim como, disse que, sob o lema “fique em casa” e “a economia a gente vê depois”, os veículos de comunicação brasileiros “quase trouxeram o caos social ao país”.
“Como aconteceu em grande parte do mundo, parcela da imprensa brasileira também politizou o vírus, disseminando o pânico entre a população”, opinou.
Para o presidente, a pandemia deixou a lição de que a produção de insumos e meios essenciais para a sobrevivência da população não pode depender apenas de poucas nações.
Nesse sentido, ele colocou o Brasil aberto para o desenvolvimento de tecnologias de ponta assim como, de inovação.
A exemplo da indústria 4.0, da inteligência artificial, nanotecnologia e sob o mesmo ponto de vista, da tecnologia 5G. “Com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania, prezem pela liberdade e do mesmo modo, pela proteção de dados”.
Presidente abre debates na Assembleia Geral da ONU
Bolsonaro falou ainda sobre a ampliação de acordos comerciais bilaterais e com blocos econômicos.
E disse que, em seu governo, “o Brasil, finalmente, abandona uma tradição protecionista. Nesse sentido, passa a ter na abertura comercial a ferramenta indispensável de crescimento e transformação”.
Em seu discurso, o presidente destacou ainda, a atuação brasileira no campo humanitário e dos direitos humanos.
Conclusivamente, Bolsonaro citou as reformas que estão sendo implementadas no país.
Fonte: Andreia Verdélio/Agência Brasil – Brasília Edição: Pedro Ivo de Oliveira
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
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