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Plataforma oferece vagas para transgêneros

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Plataforma oferece vagas para transgêneros. Educa TRANSforma (www.educatransforma.com.br), plataforma de inserção de pessoas transgênero no mercado de trabalho por meio de capacitação profissional em TI gratuita, abrirá inscrições no próximo mês de novembro para a primeira turma de pessoas alunas, com aulas previstas para iniciar na primeira semana de dezembro.

Em busca de parcerias, o projeto apresenta o pacote de patrocínios, organizado em Cota Eduque e Cota Transforme.

A iniciativa conta com parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no desenvolvimento e certificação dos módulos técnicos de aprendizagem, além do patrocínio das seguintes empresas: DBServer, desenvolvedora de projetos digitais; Globo; Globo.com; Best Soft; Sala Precisa; Aquiris, e UniRitter.

Criado por Noah Scheffel, homem trans e profissional de TI (trabalha na DBServer), EducaTRANSforma nasceu baseado nas evidências de que a população transgênero (transexuais, travestis, não binários e intersexo) encontra-se em situação de desemprego ou subemprego, devido ao preconceito da sociedade com relação às diversas identidades e expressões de gênero.

Por essa razão, a iniciativa traz uma proposta ampla que inclui promover atividades e workshops semanais focados em soft-skills, desenvolvimento pessoal e relacional, saúde física e psicológica, apoio pedagógico, dentre outras ações.

Plataforma oferece vagas para transgêneros

Com duração de 11 meses, o curso de capacitação contempla três módulos de desenvolvimento: front-end; back-end; qualidade de software + desenvolvimento mobile + design.

A cada módulo concluído, as pessoas alunas recebem um certificado da UFRGS.

“Queremos funcionar como uma ponte entre as pessoas que estão em situação de desamparo social, as instituições de ensino e a tecnologia, contribuindo na elaboração de ideias, formação de novas tecnologias e, por fim, modificar o quadro atual da TI, inserindo pessoas diversas, multiplicadoras de conhecimentos adquiridos e desenvolvidos, além de diminuir a desigualdade social existente entre pessoas transgênero e mercado de trabalho”, explica Noah.

As inscrições para o programa estarão abertas entre os dias 1º e 15 de novembro de 2019.

O link será divulgado em breve. O processo seletivo será realizado pela UFRGS. Para participar, precisa ter o ensino médio concluído, maioridade de 18 anos, além de ser uma pessoa transgênero.

De forma presencial, as aulas terão início já no dia 5 de dezembro.

Para o futuro breve, Noah tem uma novidade. “Temos planos para atender pessoas que moram fora de Porto Alegre com cursos à distância e, para isso, estamos estudando junto com os parceiros a viabilidade para próximas turmas”.

Vale ressaltar que o compromisso do projeto Educa TRANSforma vai além da capacitação técnica, visando inserir as pessoas no mercado de trabalho e, também, acompanhá-las em sua vivência como pessoa transgênero na sociedade e ser uma plataforma de qualificação das empresas abertas à diversidade.

“Temos um serviço especialmente desenhado para empresas que estejam interessadas em transformar seus ambientes seguros para receber os profissionais transgêneros”, explica Noah.

Dados: A exclusão de pessoas transgênero do mercado de trabalho

LUTA PELA VIDA

Dados da União Nacional LGBT apontam que o tempo médio de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos, enquanto a expectativa de vida da população em geral é de 75 anos.

FALTA DE OFERTAS DE EMPREGO OU PRECONCEITO?

Estimativa feita pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), com base em dados colhidos nas diversas regionais da entidade, aponta que 90% das pessoas trans recorrem a prostituição ao menos em algum momento da vida.

RISCO DE VIOLÊNCIA

Quando busca explicar por que o Brasil e outros países da América Latina registram altos índices de violência contra travestis e transexuais, a ONG Transgender Europe cita, como uma das causas, a vulnerabilidade dessas pessoas ao trabalharem na prostituição.

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