Início Destaque O empreendedorismo pode ajudar a transformar o mundo

O empreendedorismo pode ajudar a transformar o mundo

Camila Farani é uma legítima inspiração para as novas gerações de empreendedores. Todos querem parar para ouvir o que ela tem a dizer, seja no palco do Shark Tank Brasil, maior reality de empreendedorismo do mundo

0

O empreendedorismo pode ajudar a transformar o mundo, aponta Camila Farani. Uma das maiores investidoras anjo do Brasil e referência na indústria de Venture Capital.

Assim, Camila Farani é uma legítima inspiração para as novas gerações de empreendedores. Todos querem parar para ouvir o que ela tem a dizer, seja no palco do Shark Tank Brasil, maior reality de empreendedorismo do mundo, em suas palestras, cursos ou nas conversas diárias com os seus seguidores nas redes sociais, onde impacta mais de 3,5 milhões de pessoas.

‘O que o meu negócio precisa para dar certo?’ ‘Quais as apostas mais certeiras para atrair investimento de risco?’ ‘Como me manter mentalmente forte diante dos desafios que surgem?’ Essas são algumas das dúvidas mais comuns.

O empreendedorismo pode ajudar a transformar o mundo

Camila é uma líder de pensamento como mulher empreendedora, investidora e educadora, e sabe bem a responsabilidade que isso representa. “Eu acredito profundamente no estímulo ao empreendedorismo e no aporte de capital e de conhecimento como o caminho para transformar a vida das pessoas e os negócios”, comenta.

Com mais de 40 startups em seu portfólio e investimentos superiores a R$ 35 milhões, entre aportes individuais e com co-investidores, Camila atua hoje em negócios que movimentam cerca
de R$ 1 bilhão por ano. Foi reconhecida pela Association for Private Capital Investment in Latin America (Lavca), como uma das principais investidoras da região em 2020 e a única mulher bicampeã como melhor Investidora-Anjo no Startup Awards. É membro do conselho do PicPay e da startup Laura, e sócia do Banco Modal.

Mulher forte, destemida e objetiva no momento de tomar decisões importantes, a investidora também é sensível. Não tem medo de mostrar seus momentos de medo e fragilidade, o que tem aumentado a conexão com seu público. Inclusive, a cada dia, surgem novos fã-clubes, criados por pessoas que acompanham a sua trajetória.

Carioca de Vila Isabel, ama o Carnaval e é uma devoradora de livros. Para equilibrar a agenda intensa de trabalho, procura ser disciplinada com os momentos de descanso. “Não abro mão de me cuidar e estar com a minha família, amigos e com meus cachorros”, conta. Um dia típico de domingo tem tudo isso e, se puder ser acompanhado de música, comida carioca e uma caipirinha de limão siciliano e notas de hortelã, melhor ainda. Os destinos de praia são os preferidos quando viaja. “Preciso da natureza para me reenergizar”, conta.

Como você começou a sua história empreendedora?

A minha jornada empreendedora começou cedo, impulsionada pela necessidade. Uma história, inclusive, que é parecida com a de muitos brasileiros. Minha mãe precisou criar um
negócio próprio para garantir o nosso sustento, a Tabaco Café. Começamos sem conhecimento de gestão, sem saber precificar ou como lidar com os colaboradores. E fomos aprendendo. Aos 21 anos, eu propus a minha mãe que se eu conseguisse aumentar em 30% as vendas em um mês, receberia uma pequena participação na empresa. Apostei no café gelado e consegui um incremento de 28%. Não atingi a meta, mas conquistei a sociedade na empresa e aprendi uma lição que levo comigo até hoje: precisamos ter atitude.

Depois disso, fui avançando. Criei o Grupo Boxx, que reúne as marcas de coffee shops e fast-foods saudáveis, e a Innovaty, focada em educação empreendedora e Business Intelligence. Depois entrei no mundo de investimento. Sou sócia-fundadora da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups. Nos últimos 20 anos tenho procurado usar esse aprendizado para impulsionar outros empreendedores.

O seu trabalho impacta muitas pessoas, seja pela inspiração que você se tornou para quem está começando, seja pela capacidade de ajudar os empreendedores a superarem os desafios que surgem no dia a dia. Como você enxerga o seu papel nisso?

Como empreendedora e educadora, procuro transmitir conhecimento, metodologias e energia de realização para que outras pessoas também consigam construir seus negócios de forma sustentável, ajudando-as a não cair em algumas armadilhas que aparecem e a conseguir atuar de forma mais profissionalizada.

A minha atuação como investidora me permite ampliar esse alcance, esse impacto, na medida em que aporto recursos para que esses novos negócios, liderados por empreendedores tão talentosos, possam ganhar tração. O empreendedorismo inovador pode ajudar a responder a alguns os maiores desafios da sociedade contemporânea, seja na saúde, na educação ou nas finanças.

Você é uma mulher que conquistou uma grande relevância nas suas áreas de atuação. Qual a importância da diversidade no mundo do empreendedorismo?

A visão do todo é muito mais rica quando incorpora elementos complementares. Uma vez que você conecta pessoas com diferentes realidades socioeconômicas com pontos de
vista diversos, com formações diferentes e com talentos complementares você contribui para construir um retrato mais fiel da realidade da sociedade. Como líderes, temos que ser agentes de
mudança para construir esse ambiente mais seguro e justo para todos.

Quais são as áreas de maior interesse para você hoje como investidora?

O setor de startups, altamente apoiado pelos investidores-anjo, foi na contramão da crise dos setores de economia real no ano passado. E nos primeiros três meses deste ano já tiveram aportes recorde de R$ 11 bilhões, quase quatro vezes o valor total de 2020. Segmentos que dependiam mais do offline, como eventos, shows, esportes e restaurantes, por exemplo, foram mais afetados e, possivelmente, são os que seguirão tendo mudanças mais profundas nos próximos anos. Mas edtechs, serviços de delivery, healthtechs e logística tiveram alta demanda.

Esses são alguns dos negócios com maior potencial de impacto para os próximos anos, assim como Retailtech, AgroTech, Cyber Security, além de startups que estejam investindo em sistemas que envolvem Inteligência Artificial. Há um grande potencial para tudo que faz parte da low touch economy, ou seja, que entrega comodidade e eficiência, sempre apoiada pela tecnologia. Aliás, não é a tecnologia que é importante, mas o que podemos construir a partir dela.

Que conselho você daria para quem quer empreender?

O primeiro conselho é: tenha consciência de que ninguém chega ao topo se não entender e acreditar na sua capacidade de atingir o seu próprio sucesso. Se prepare e confie em você, no seu potencial. Também é importante contar com uma rede de apoio de mentores e mentoras que possam ajudar nessa caminhada. Criar um círculo de confiança em que possa compartilhar suas dúvidas, medos e vulnerabilidades é um hábito extremamente saudável. Planeje a sua jornada, se prepare, esteja perto de pessoas que te desafiem, que te estimulem a avançar.

 

 

Fotos: Divulgação / Guido Ferreira e Arthur Waismann
Fonte: André Lap –  CEO & Diretor de Design, Webdesign e Marketing da revista MaisBonita
Web Designer: Adriel Alves
Design: Aija Alves:
Edição: Redação Na Mídia
Então, não deixe de lerBicentenário do nascimento de Anita Garibaldi
Do mesmo modo, veja ainda nosso ebook: Um corpo bonito é essencial
Conhece a loja do Na Mídia? Clique aqui

 

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile