Morre o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos . Amadeu Thiago de Mello,, nasceu em Barreirinha Manaus em março março de 1926 — Manaus.
Dedicou sua vida à poesia e atuou fortemente como tradutor brasileiro,. Reconhecido como um ícone da literatura regional e consagrado com um dos poetas mais influentes brasileiro , Thiago era um manifesto “in live” de uma das maiores expressões da poesia brasileira.
O poeta, vivia há décadas em Barreirinhas, no Amazonas, em uma casa-palafita projetada pelo arquiteto Lúcio Costa, um dos criadores de Brasília. Além de toda a obra, Thiago se celebrizou internacionalmente por “Faz escuro mas eu canto”, trecho de seu poema “Madrugada camponesa”, e, recebeu um dos prêmios Casa de las Américas, em Cuba.
Em setembro do ano passado, a 34º Bienal de São Paulo homenageou Thiago de Mello. O verso que inspirou a bienal, “Faz escuro mas eu canto”, é parte do poema Madrugada Camponesa.
Tem obras traduzidas para mais de trinta idiomas. Preso durante a ditadura (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador. No exílio, morou na Argentina, Chile, Portugal, França, Alemanha. Com o fim do regime militar, voltou à sua cidade natal, depois mudou-se para Manaus, onde viveu até sua morte.
Morre o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos
Seu poema mais conhecido é Os Estatutos do Homem, onde o poeta chama a atenção do leitor para os valores simples da natureza humana. A sua poesia escrita foi Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida que rendeu-lhe, em 1975, ainda durante o regime militar,um prêmio concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte e tornou-o conhecido internacionalmente como um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos.
Morre o poeta amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos
Em homenagem aos seus 80 anos, completados em 2006, foi lançado pela Karmim o CD comemorativo A Criação do Mundo, contendo poemas que o autor produziu nos últimos 56 anos, declamados por ele próprio e musicados por seu irmão mais novo, Gaudêncio.
A morte do poeta, tradutor e ensaísta amazonense Thiago de Mello, que faleceu de causas naturais na manhã desta sexta-feira (14/01;2022), aos 95 anos, foi lamentada em todo o Brasil. Entre os que prestaram homenagem ao autor de poemas como “os Estatutos do homem (Ato Institucional Permanente)”), escrito logo após o golpe militar de 1964, e de versos como “Faz escuro, mas eu canto, / Porque a manhã vai chegar”, está o escritor e biógrafo Fernando Morais.
Mello, conhecido como o “poeta da floresta” por sua defesa da Amazônia, também foi alvo de diversas ameaças de morte após denunciar as atividades ilegais da madeireira holandesa EcoBrasil Holanda-Andirá na região, em 2017.
Principais obras:
Poesia
- Silêncio e Palavra, 1951
- Narciso Cego, 1952
- A Lenda da Rosa, 1956
- Faz Escuro, mas eu Canto: porque a manhã vai chegar, 1966
- Poesia comprometida com a minha e a tua vida, 1975
- Os Estatutos do Homem, 1964
- Horóscopo para os que estão Vivos, 1984
- Mormaço na Floresta, 1984
- Vento Geral – Poesia, 1981
- Num Campo de Margaridas, 1986
- De uma Vez por Todas, 1996
- Cantídio, André Provérbios, 1999
Prosa
- A Estrela da Manhã, 1968
- Arte e Ciência de Empinar Papagaio, 1983
- Manaus, Amor e Memória, 1984
- Amazonas, Pátria da Água, 1991
- Amazônia — A Menina dos Olhos do Mundo, 1992
- O Povo sabe o que Diz, 1993
- Borges na Luz de Borges, 1993
- Vamos Festejar de Novo, 2000
Fotos: Acervo pessoal
Fonte: Coista COnsulitng CO
Edição: Costa Consulting Co
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