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Luiz Bhittencourt expõe suas telas na Europa

Neste ano que se inicia, o artista plástico Bhittencourt participará de seis exposições na Europa, sendo uma na Espanha e o restante em Portugal.

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-foto divulgação-namidia-

Luiz Bhittencourt expõe suas telas na Europa.   Neste ano que se inicia, o artista plástico Bhittencourt participará de seis exposições na Europa, sendo uma na Espanha e o restante em Portugal.

Suas obras ficarão expostas na  Fundação Inatel, no Círculo de Arte de Toledo, na Art Gallery Dom Pedro, na Galeria de Arte Ana Archer, no Ato Abstrato Galeria de Arte e, também, na Lu Mourelle Art Gallery.

O artista recebeu uma honrosa crítica de sua obra que traduz a sua nova fase de pintura  – a série Janelas e Percepção – pelo psicólogo social Douglas Marthim de Oliveira.

Luiz Bhittencourt expõe suas telas na Europa
Percepção a técnica usada foi óleo sobre tela.

Janelas e Percepção

A arte é nada mais do que tornar sublime o que se percebe. Portanto, não há nada de mais primordial na arte do que tratar de percepção.

O que seriam as artes visuais senão fazer com que o sujeito passe a perceber cores e formas como beleza e sensação? Na essência da música, está tornar vibrações no ar em sentimento.

Na série Janelas e Percepção, o artista Luiz Bhittencourt trata justamente desses conceitos. O observador é levedo a olhar por um espelho: o que ele vê, faz com que ele questione como sou visto”.

É uma metalinguagem quase cartesiana, do percebo, logo sou percebido. Remete a Munch, com uma intensidade cromática e dinamismo expressionistas de grande sofisticação.

Trata-se de uma obra intima para quem observa. É um exercício de exposição do self, numa sociedade que hoje paradoxalmente se expõe escancaradamente através de pequenas janelas de plástico e chips e ao mesmo tempo se isola compenetrada em uma tela eletrônica.

É uma obra extremamente provocativa a um mundo que se acostumou a se mostrar, mas se desacostumou a ser visto.

Por isso, há de se repetir a afirmação: as janelas emolduradas na obra de Luiz Bhittencourt são como molduras de um espelho: provocam o reflexo e extraem reflexão.

Por Douglas Marthim de Oliveira

 

Nostalgia da Infância a técnica usa foi retalhos e óleo sobre tela

Sobre o Artista

Nascido em São José dos Campos, em 1972,  formou-se em administração de empresas, passando a trabalhar em organização de eventos.

Interrompe esta atividade quando, em 1998, lhe adoece a mãe, cujo tratamento hospitalar o absorve por inteiro.

Nos dias que antecipam, tem um sonho, que exige ser materializado pela pintura: Luiz Bhittencourt procura, então, a artista Luciana Melo para estudar.

A partir deste momento, dedica-se exclusivamente à pintura. Convidado, em 2004, expõe seus primeiros trabalhos no Fórum Trabalhista de São José dos Campos: é a série “Religiosa”, que, versando sobre passagens bíblicas, marca-o profundamente.

Começa a trabalhar exclusivamente no atelier de sua casa.

A procura de Deus, que o acompanha desde a infância, intensifica-se, o que o leva a ingressar, em 2006, na Ordem de São Bento em busca da contemplação como postulante à vida consagrada de monge beneditino, sem ter, por isso, de renunciar à atividade artística.

Surgem, assim, as séries “Monastério” e “Inspiração na Iconografia”, que tratam de aspectos da fé e da mística.

Conflitos no plano religioso e artístico levam o artista a afastar-se definitivamente da vida monástica em 2011.

Antes, porém, produz a série “Consagrados”: de 2010, esta é produzida no Mosteiro, visando a explicitar a
espiritualidade e suas obras.

A série do artista “Anjos”, que, tendo sempre no horizonte a procura de Deus, figura os seres que apoiam a busca espiritual em sua visão.

Em 2013 com o apoio do casal de amigos Ana Claudia e Antonio Carlos embarca para Espanha, onde faz de moradia em uma nova fase de trabalho, vivendo entre Espanha e França.

Período que o artista chama de “cinzento em sua arte” e onde retrata a série “Refugiados” momento tenso na Europa com chegadas constantes de refugiados da África e Síria.

Nessa ocasião realiza uma exposição individual em Barcelona, Espanha dessa nova série, onde em todo trabalho predomina o cinza em sua arte.

Em 2014 retorna ao Brasil e instala-se em Brasília com seu atelier em busca de novas inspirações.

Tirando um período sabático entre 2017 e 2018 transfere seu atelier em 2019 para a Estância Turística de Ribeirão Pires, São Paulo.

E com o apoio do mecenas Edison Ribeiro retorna com sua arte na série “Janelas e Percepção” em um questionamento de sua própria percepção de vida, realizando duas importantes exposições, uma em São Paulo e outra em sua cidade natal de São José dos Campos, SP.

A obra de Luiz Bhittencourt encontra-se em coleções particulares de não poucos países. Tem por amadores os mais distintos setores da sociedade, sendo colecionado por juristas, diplomatas, religiosos, empresários, enfim, por todos os que se sentem tocados por sua inquirição.

Por Leon Kossovitch
Crítico de Arte

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