Pomegranate apple and honey traditional food of jewish New Year celebration Rosh Hashana. Selective focus.

Hoje é a celebração do Ano Novo Judaico. O Presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein,  Claudio Lottenberg,  e também um dos principais líderes da comunidade Judaica no Brasil, deixa uma mensagem a todos nós.

Prezados amigos,

O ex-presidente israelense Shimon Peres dizia: “Os otimistas e os pessimistas morrem exatamente a mesma morte, mas vivem vidas muito diferentes”. A opção pela vida que vivemos deve ser uma opção de natureza otimista, pois a vida assim, pode ser muito melhor.

Este ano deixa uma marca no contexto das vidas de todos nós, com duras consequências. Mas isto já tem sido debatido em vários fóruns, e prefiro não me estender neste ponto. Vamos falar do otimismo. Vamos falar da vida que queremos que seja vivida.

Qual o segredo da eternidade judaica? Se a opinião médica está começando a sustentar que uma das variáveis mais importantes para se alcançar a longevidade é o otimismo. Assim, uma das mensagens mais originais e importantes que o Judaísmo deu ao mundo é a noção otimista de redenção mundial. Ou seja, é o ato de adquirir de novo, resgatar, tirar do poder alheio, sair do cativeiro. Acreditar que podemos fazer mais e melhor.

Hoje é a celebração do Ano Novo Judaico

O judaísmo também ensina que o mundo e a história são lineares, e não cíclicos. Ambos progridem, olhando e andando para frente, aprendendo com o passado mas não voltando ao passado.

E nesta jornada, rumo à reparação e à redenção, à noção profética da eventual perfeição humana em um momento em que “nação não levantará espada contra nação e a humanidade não aprenderá na guerra jamais”.

Eu sustentaria que o que nos manteve unidos apesar do exílio, das perseguições, dos pogroms, do Holocausto, é esta crença fundamental de que o que fazemos importa, e que é nosso papel é o de aperfeiçoar o mundo no Reinado de D’us.

Tikkun olam (“conserto do mundo”):

Um conceito no judaísmo frequentemente interpretado como a aspiração a agir de maneira construtiva e benéfica.

Seu uso remonta ao período da Mishnaic (ca. 10-220 EC). Desde os tempos medievais, a literatura cabalística ampliou o uso do termo. Na era moderna, entre os movimentos pós-Haskalah, tikun olam é a ideia de que os judeus são responsáveis não apenas por seu próprio bem-estar moral, espiritual e material, mas também pelo bem-estar da sociedade em geral.

Para muitos rabinos pluralistas contemporâneos, o termo se refere a “justiça social judaica” ou “o estabelecimento de qualidades divinas em todo o mundo”. Nossa contribuição de integrar, convergir e conciliar de forma universal e geral.

Hoje é a celebração do Ano Novo Judaico

É nesta condição que espero, como judeu e como alguém que deseja colaborar com meu melhor, que possamos superar esta fase de isolamento e dela sair entendendo de fato a importância das relações humanas e do respeito. Que tenhamos aprendido a dar o peso exato e a relevância ao conhecimento. Por fim, que assumamos humildemente o desconhecimento como algo que nos inspire a entender mais e aprender mais.

Que superemos a arrogância e a prepotência, incorporando a humildade como uma roupa de uso permanente. Até porque o inesperado pode surgir dando a sensação de que poderíamos ser derrotados mas jamais o suficiente para vencer nosso otimismo. Assim, o otimismo que resgata e que faz renascer mantendo a esperança de um momento melhor.

E que a dificuldade momentânea, seja ela da magnitude que for, não se sobreponha ao desejo verdadeiro de construir, ao desejo de incluir, bem como, ao desejo de socializar. Então, que este melhor transcenda o mundo judaico, extrapole as fronteiras de uma única religião. E, por fim,  supere diferenças e respeite as individualidades como pano de fundo de uma sociedade plural.

Gmar Chatima Tova. Sejamos todos escritos no livro da vida!

Hoje é a celebração do Ano Novo Judaico.

Claudio Lottenberg

Fotos: Divulgação / Acervo Pessoal
Fonte: Fabíola Capalbo
Assessoria de Imprensa

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