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Festival Brasileirinho na Mercearia do Conde

Festival traz pratos históricos da cozinha paulista e baiana, em menu a quatro mãos preparado pelo pesquisador Caloca Fernandes e sua sobrinha, a chef Maddalena Stasi

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Mercearia do Conde apresenta Festival Brasileirinho

Festival traz pratos históricos da cozinha paulista e baiana.

Em menu a quatro mãos preparado pelo pesquisador Caloca Fernandes e sua sobrinha, a chef Maddalena Stasi

São Paulo-Salvador.

A partir de julho essa conexão, que se mistura à própria história da Mercearia do Conde, toma conta da casa de esquina da Joaquim Antunes.

O restaurante promove, de 06 a 15 de julho/18, no almoço e no jantar, o Festival Brasileirinho.

Apresentando cinco pratos que são ícones da gastronomia brasileira, com preços que variam de R$ 65 a R$ 79.

Com direito a um shot de Caipirinha de Erva Cidreira (cachaça orgânica, licor de melão, abacaxi e ramos de erva cidreira).

Bobó de Camarão, receita de família, representante da culinária baiana no Festival Brasileirinho. Crédito da foto: Mario Rodrigues.

O menu foi composto a quatro mãos pela chef e restauratrice Maddalena Stasi, sócia-fundadora da Mercearia do Conde.

Caloca Fernandes, que é pesquisador de cozinha patrimonial, jornalista, e tio de Maddalena.

Ela, soteropolitana radicada em SPaulo e à frente de um restaurante com 26 anos, trajetória que se mistura à própria história da cidade.

E ele, paulistano atualmente vivendo em Trancoso, Sul da Bahia, autor de inúmeras obras que recuperam receitas da culinária nacional.

O menu do Festival Brasileirinho teve inspiração nos livros Viagem Gastronômica através do Brasil e A Culinária Paulista Tradicional.

O Festival Brasileirinho é composto por cinco pratos:

  • Farnel dos Bandeirantes (feito com farinha de milho, guisado de frango, linguiça, pupunha, tomate e ovos caipiras cozidos, servido numa panelinha amarrada com um tecido, como no tempo dos bandeirantes, R$ 74);
  • Virado Paulista (virado de feijão com costelinha de porco confit, ovo caipira estrelado, arroz, couve salteada e croquetes de banana, R$ 74),
  • Vatapá (preparado com bacalhau, pão, azeite de dendê, gengibre, castanha de caju, R$ 74),
  • Bobó de Camarão (creme à base de mandioca, leite de coco, azeite de dendê e camarões, R$ 79)
  • Moqueca de Banana-da-Terra (versão vegana do tradicional prato baiano preparado com  banana-da-terra, leite de coco e azeite de dendê, R$ 65).

Os pratos baianos do festival – bobó, vatapá e moqueca – vêm acompanhados de arroz branco com castanha de caju, saladinha de couve e o molho de pimenta da casa.

Representante da culinária paulista, o Farnel  (farinha de milho, guisado de frango, linguiça, pupunha, tomate e ovos caipiras cozidos), servido numa panelinha amarrada com um tecido, como no tempo dos bandeirantes. Crédito da foto: Romulo Fialdini.

Para harmonizar, a dica da casa é a nova carta de caipirinhas com ingredientes nacionais, elaborada pelo barman da casa, Ray Sousa.

O menu traz opções aromáticas e refrescantes como:

  • Caipitanga Refrescante (pitanga, cachaça orgânica, hortelã e gelo de garapa),
  • Caipirinha do Sítio (cachaça, caju com mexerica)
  • Caipira do Engenho (cachaça, limões cravo, siciliano e Taiti com mel de engenho).
  • Todas a R$ 29 e preparadas com a cachaça orgânica Yaguara.

São Paulo: virando virado

A cozinha bandeirante surgiu espontaneamente para alimentar os membros das entradas, bandeiras e monções.

Para rechear os farnéis e marmitas dos viajantes, a comida precisava durar.

Em suas expedições, eles carregavam, farnéis repletos de feijão cozido, farinha de milho, carne-seca e toucinho.

Com o chacoalhar da andança de cavalo, os ingredientes ficavam virados (daí o nome do prato e a base dos cuscuzes paulistas).

O virado paulista pode ter pequenas variações, mas segue a fórmula de sucesso: feijão cozido em cebola, alho e gordura.

Acrescido de sal e um pouco do próprio caldo do feijão ou de água; misturado com farinha de milho ou de mandioca.

Servido acompanhado de bisteca ou costela suína; banana empanada e frita; ovo estrelado; couve cortada em tiras e  arroz branco.

Protagonista do almoço dos paulistanos, o virado à paulista passou a ser, neste ano, oficialmente um patrimônio imaterial do Estado de São Paulo.

E tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Governo do Estado de São Paulo (Condephaat).

Salvador: raízes africanas e dendê

Uma das maiores contribuições dos africanos foi o dendê.

Utilizando a polpa do dendezeiro, é possível produzir o seu azeite, que dá cor, sabor e aroma a muitas receitas baianas.

No Festival Brasileirinho da Mercearia estão o vatapá, a moqueca e o bobó.

A moqueca representa a síntese das culinárias que formaram o Brasil:

  • os índios mostraram os ingredientes (peixes, mandioca),
  • os negros trouxeram os temperos (dendê, leite de coco)
  • os portugueses as técnicas de cozimento e as panelas de barro.

A Mercearia do Conde inova com uma versão vegana de moqueca preparada com banana-da-terra.

Além dos fumegantes temperos tradicionais, como leite de coco e azeite de dendê. Festival que celebra essa saborosa fusão de culturas e sabores.

Sobre a Mercearia do Conde:

Criada em 1991, a Mercearia do Conde era originalmente uma mercearia e vendia mantimentos a granel, queijos, cereais e massas.

A colorida casa de esquina na Joaquim Antunes, no coração do Jardim Paulistano, ainda guarda resquícios do antigo armazém.

Com azulejos brancos e objetos pendurados pelo teto. Fadas e trapezistas parecem voar pelo ambiente lúdico e acolhedor.

Quadros, relicários, sacolas de feira e artesanato variado estão por todos os cantos.

Pelo cardápio, também há a preocupação com essa viagem gastronômica e sensorial.

Pelo menu variado da restauratrice Maddalena Stasi, há preferência pela culinária brasileira.

Com viagens pela Bahia, como vatapá, bobó de camarão e moqueca vegana de banana-da-terra.

Por São Paulo, com pasteizinhos caipiras e virado, sem abrir mão das massas artesanais e de sotaques picantes e orientais.

Ingredientes que fazem com que cada visita ao restaurante seja uma nova e colorida viagem.

Serviço:

Mercearia do Conde

www.merceariadoconde.com.br

Rua Joaquim Antunes, 217 – Jardim Paulistano

CEP: 05415-010 – São Paulo – SP

Tel. 11 3081-7204

Capacidade: 110 lugares

Horário de funcionamento:

De segunda a quinta, das 12 às 16h para almoço e das 19h às 23h30 para jantar.

Sexta: das 12h às 0h30, sem intervalo. Sábado: das 12h30 às 0h30, sem intervalo. Domingo: das 12h30 às 23h, sem intervalo.  Abre todos os dias.

Almoço executivo: de segunda a sexta, R$ 59 (3 tempos). Só o prato principal, R$ 42.

CC: Amex, MasterCard, Visa, Diners

CD: Visa Electron, Red Shop, Maestro.

Não tem área para fumantes. Aceita cheques.

Faz entrega em domicílio pelo telefone: 11 3081-7204.

Aceita reservas.

Tem ar-condicionado, aquecedores e acesso wi-fi. Proibido fumar.

Possui cadeirões e trocador para bebês.

Acesso e banheiro para deficientes físicos.

Serviço de valet: R$ 25 (almoço e jantar).

Serve vinho em taça.

Permite levar seu próprio vinho.

Serviço de rolha: R$ 48.

Adega climatizada com capacidade para 500 rótulos.

Aberto em 1991.

Instagram: @merceariadoconde

Facebook: /merceariadoconde

Twitter: @mercearia_conde

 

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