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Emocionante história do maestro João Carlos Martins

Com dramaturgia de Sérgio Roveri, espetáculo estreia segue em cartaz até 02 de dezembro no Teatro Faap.

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“Concerto para João”

Emocionante história do maestro João Carlos Martins vira peça em Concerto para João, dirigida por Cassio Scapin

Com dramaturgia de Sérgio Roveri, espetáculo estreia segue em cartaz até 02 de dezembro no Teatro Faap.

Protagonista é vivido por Rodrigo Pandolfo, que também interpretou o homenageado no cinema.

Completam o elenco os atores Duda Mamberti, Ando Camargo e a atriz Michelle Boesche 

O emocionante exemplo de talento, genialidade e superação de João Carlos Martins inspira o espetáculo teatral Concerto para João.

Espetáculo  com direção de Cassio Scapin e texto de Sérgio Roveri.

A trajetória do maestro já foi contada no cinema pelo filme “João, O Maestro” (2017), de Mauro Lima, que, traz como protagonista o ator Rodrigo Pandolfo.

A encenação se passa durante uma das várias cirurgias às quais o pianista foi submetido para tentar continuar tocando.

A trama transita entre fantasia e a realidade para narrar as glórias e os desafios enfrentados por um dos maiores músicos brasileiros ao longo de seus 60 anos de carreira.

O próprio maestro João Carlos ficou surpreso com o texto. “Por nunca ter conversado com o Sérgio Roveri na vida, impressionei-me muito com a peça.

Parece que ele esteve dentro da minha alma desde os 18 anos.

Ele soube captar o que passou internamente entre a dúvida de achar que eu tinha uma missão e a dúvida de levar essa missão adiante.

Essa espécie de ansiedade aliada a uma interrogação do que seria o meu amanhã, durante esses 60 anos, estão impressos dentro as peça toda”, revela o maestro.

Sobre João Carlos Martins

Nascido em São Paulo, no dia 25 de junho de 1940, João Carlos começou a tocar piano aos sete anos por influência de seu pai, José.

Aos oito anos, João Carlos venceu seu primeiro concurso musical ao executar obras do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750).

Aos 21 anos, patrocinado por Eleanor Roosevelt, apresentou-se pela primeira vez no Carnegie Hall, em Nova York.

Auge de sua carreira

No auge de sua carreira de pianista, tocou com as maiores orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano.

Jornais como New York Times, Washington Post e Los Angeles Times dedicaram-lhe reportagens entusiasmadas pela sua personalidade artística.

Aos 25 anos, já consagrado como um dos grandes pianistas do mundo, João Carlos sofreu uma queda enquanto jogava futebol no Central Park, em Nova York.

Depois de um ano, voltou a tocar com dificuldade. Abandonou a carreira aos 30 anos.

Após sete anos longe do piano, decidiu voltar aos palcos, recebendo excelentes críticas da imprensa e a aclamação do público.

Nesse período, porém, descobriu que desenvolveu distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort). Novamente teve que abandonar a carreira.

A paixão pela música fez com que ele retornasse anos mais tarde e, mesmo com sequelas, que o forçaram a adaptar novas formas de tocar, iniciou a gravação da obra completa de Bach.

Bulgária

Em 1995, em um assalto na Bulgária, foi golpeado na cabeça com uma barra de ferro, que provocou uma sequela neurológica, comprometendo o movimento da mão direita.

Por meio de reprogramação cerebral, conseguiu recuperar os movimentos e voltou a tocar com as duas mãos.

Entretanto, esse procedimento médico deixou sequelas no braço direito e na fala. Quando ele falava, sentia terríveis dores no braço.

Decidiu passar por um novo procedimento cirúrgico para corrigir o problema e teve os seus movimentos da mão direita afetados.

Antes, porém, terminou a gravação da obra completa de Bach para o piano. Passou a fazer apresentações apenas com a mão esquerda.

Contratura de Dupuytren

João Carlos foi surpreendido pelos médicos com a notícia de que havia desenvolvido Contratura de Dupuytren na mão esquerda.

Embora tenha passado por um novo procedimento cirúrgico, João Carlos acabou perdendo o movimento da mão esquerda, o que o inviabilizou novamente de tocar piano.

Em 2002, teve que parar de tocar, e, dessa vez, acreditou seria para sempre.

Em 2004, aos 64 anos, João Carlos iniciou os seus estudos de regência.

Seis meses depois, apresentou-se com sucesso em Londres, Paris e Bruxelas, como regente convidado, imprimindo em suas interpretações a mesma dinâmica que fazia quando pianista.

Atualmente, a Fundação Bachiana mantém oito núcleos de musicalização para crianças e jovens pelo Brasil e tem realizado cerca de 80 apresentações por ano.

Mesmo com todas as limitações físicas, no final dos concertos João Carlos costuma deixar a regência e sentar-se ao piano para rápidas e emocionantes apresentações.

SERVIÇO

Concerto para João, com direção de Cassio Scapin

Teatro Faap – Rua Alagoas, 903 – prédio 1 – Higienópolis

Temporada: 10 de agosto a 02 de dezembro

Sextas e sábados às 21h. Domingos às 18h.

Ingressos: R$ 75 (inteira) e R$ 37,50 (meia-entrada)

Classificação: Livre

Duração: 80 minutos

Capacidade: 510 lugares

Informações: (11) 3662-7233

ESTAPAR Estacionamentos

Rua Alagoas, 903. Entrada pela Rua Armando Penteado – Portão G7

Telefone: (11) 3662-7582

www.estapar.com.br

Fotos de cena Ale Catan

 

 

 

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