As muitas vidas de RUTH ESCOBAR. Assim, a incluir farto e muitas vezes inédito material iconográfico, a biografia“[…] metade é verdade – Ruth Escobar”, de autoria do jornalista, editor e pesquisador teatral Alvaro Machado, faz justiça a uma das mais ativas e polêmicas figuras. Isto é, figuras não apenas do teatro brasileiro e internacional a partir dos anos 1960, mas também do combate à censura artística e à ditadura civil-militar entre 1964 e 1985. Assim também,  impulsionadora da Lei da Anistia Política (1979) e das lutas pelos direitos das mulheres no Brasil, além de ser figura central na vida política da chamada Nova República.

Dessa forma, a luso-brasileira Ruth Escobar (1935-2017) iniciou sua trajetória no Brasil em 1953 como repórter, editora de revista e ativista cultural. E, depois passar a atriz e produtora teatral a partir de 1959. Também foi a criadora de oito grandes festivais internacionais de artes cênicas de 1974 a 1999. Assim como, deputada estadual em duas legislaturas (1983-1990). Além de presidente do federal Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM, 1985).

As muitas vidas de RUTH ESCOBAR

A saber, o título do livro se refere a uma afirmação que a própria biografada costumava dirigir, nos anos 1980, aos novos colaboradores de suas diversas atividades. Ciente das fantasias e dos mitos multiplicados a seu respeito, ela prevenia: “Sabe todas aquelas histórias que você já ouviu sobre mim? Pois!, metade é verdade”. Segundo a prefaciadora Maria Sílvia Betti, professora da Faculdade de Letras e da Escola de Comunicações e Artes da USP,“ Ruth Escobar atuou em diferentes âmbitos de trabalho teatral, cultural e político durante um escopo de tempo longo e marcado por crises político-econômicas e por difíceis e turbulentas transições tanto no Brasil como no contexto internacional. A experiência histórica configurada ao longo de sua vida exorbita tudo o que se poderia, em princípio, considerar viável ou mesmo plausível.

A expressão dela própria, que serviu de mote ao título, antecipa e resume bem esse aspecto”.

As muitas vidas de RUTH ESCOBAR

Após ter acesso direto ao imenso acervo de documentos e fotos criado e mantido por Ruth em sua última residência, o autor se lançou, por quatro anos e meio, à desafiadora tarefa de pesquisa e escrita.

Com 624 páginas, 347 imagens selecionadas de um conjunto de mais de duas mil fotos e índice remissivo com 2.600 entradas, “o livro maneja”, segundo Maria Sílvia Betti, “imenso corpus de material sem descuidar nem da clareza necessária para organizá-lo e transmiti-lo com fluência e ritmo em forma escrita, e nem da complexidade analítica imprescindível para abordar os meandros do percurso histórico e artístico de sua biografada.

Ler sobre um percurso tão repleto de realizações e avanços quanto de contradições e ambiguidades, como o de Ruth Escobar, nos faz revisitar meio século de lutas e enfrentamentos que demandaram esforços de várias gerações e que transformaram drasticamente a fisionomia cultural, política e humana do país”.

AS MUITAS VIDAS DE RUTH ESCOBAR

Sobre o autor

Alvaro Machado (São Paulo, 1956) finaliza, junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), tese-biografia sobre o dramaturgo e escritor argentino Tulio Carella (1912-1979).

Então, no ano de 1987, traduziu e coordenou edição do clássico da literatura persa A linguagem dos pássaros, de Faridud-Din Attar (Attar Editorial, 1987). Em 1994, criou a Opera Prima Editorial, na qual publicou e assinou estudo introdutório para Orgia – Os diários do ecife, 1960-61, de Tulio Carella, reconstituição da tradução de autoria de Hermilo Borba Filho (2011), entre outros títulos.

Autoria em A sabedoria dos animais – Mitologias (Ground, 1996), Teatro Popular do Sesi – 40 anos(2004) e de Balagan, companhia de teatro (2016), bem como do texto de apoio do volume Claudia Andujar – La dansedesimages ( Marval, Paris, 2007).

Então, na editora Cosac Naify, organizou e editou, de 2002 a 2014,17 títulos nas áreas de cinema, bem como, fotografia e moda. Entre os quais A vulnerabilidade do ser, de Claudia Andujar; Notas de viagem, de Thomaz Farkas; Manoel de Oliveira; Abbas Kiarostami; e O anticinema de YasujiroOzu, de Kiju Yoshida, todos com supervisão direta dos artistas e autores, além de criar e dirigir o site dessa casa editorial a partir de 1998.

As muitas vidas de Ruth Escobar

A saber, foi repórter, editor-adjunto e crítico de artes dos cadernos Ilustrada (Folha de S. Paulo) e Caderno2 (O Estado de S. Paulo), bem como crítico de cinema e teatro das revistas Bravo! e Carta Capital. Em 2017, criou a Associação de Amigos do Teatro Brasileiro de Comédia (ATBC), movimento em defesa de patrimônio teatral. Curador de artes cênicas da Biblioteca Municipal Mário de Andrade (SP)entre os anos de 2017 e 2020.

Ficha técnica:

Metade é verdade: Ruth Escobar
Autor: Alvaro Machado
Edições Sesc São Paulo, 2020
624 páginas
ISBN:978-65-86111-13-2
Preço R$ 140,00
Fundo preto com letras brancas

Do mesmo modo, os títulos das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridos em todas as unidades do Sesc São Paulo, nas principais livrarias, em aplicativos como Apple Store e Google Play e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria

Edições SESC São Paulo

Em suma, pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, a editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade.

 

 

Fotos: Divulgação / Internet
Fonte: Erika Balbino / Assessoria de Imprensa
Edição: Redação Na Mídia
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