Acordo de exclusividade da Oi com Highline vai até dia 3. 

A operadora de telecomunicações Oi anunciou um acordo de exclusividade com a empresa de infraestrutura Highline Telecomunicações do Brasil para a negociação de sua área de telefonia móvel.

Segundo a Oi, a companhia apresentou a melhor “oferta vinculante” para aquisição acima do preço mínimo definido.

O acordo não significa a conclusão da venda, mas um acerto de que a Oi seguirá as tratativas com a Highline.

Até então, a telefônica estava avaliando possibilidades de venda com outras companhias do setor, como TIM, Vivo e Claro.

O acordo é válido até 3 de agosto, mas pode ser prorrogado.

De acordo com o documento da Oi, o acordo visa “garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes.

Assim como permitir que, uma vez satisfatoriamente finalizadas as negociações dos documentos entre as partes, a Oi tenha condições de pré-qualificar a Highline para participação no processo competitivo de alienação da UPI [unidade que será vendida].

Garantindo dessa forma, o direito de cobrir outras propostas recebidas no referido processo”, explica o texto.

Acordo de exclusividade da Oi com Highline vai até dia 3

O anúncio marcou uma mudança na condução da reestruturação da Oi até o momento.

A concessionária presta serviços de telecomunicações e explora infraestrutura originada do Sistema Telebrás em 26 Unidades da Federação, com exceção de São Paulo (onde a Telefônica Vivo opera a exploração).

Recuperação judicial

Quarta maior operadora móvel do país, a Oi foi resultado da fusão da Brasil Telecom com a Telemar.

Diante de problemas de gestão, pediu recuperação judicial em 2016 e, desde então, tenta equacionar sua situação financeira.

Acordo de exclusividade da Oi com Highline vai até dia 3

As negociações de suas operações móveis com as demais operadoras – TIM, Vivo e Claro – indicavam que estas dividiriam a participação de mercado da Oi.

Com o acordo de exclusividade da Highline, entra em cena uma provedora de infraestrutura a outras firmas, no lugar de uma empresa de serviços móveis ao usuário final.

Se a Highline concluir a aquisição da unidade móvel, uma possibilidade é que as redes da Oi, como estações rádio base e outras infraestruturas, sejam integradas.

A Highline ainda não anunciou como será o modelo de exploração da infraestrutura nem quem poderá utilizá-la para fornecer conexão de telefonia celular ao usuário final.

Críticas

A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp) é contrária ao fatiamento da Oi (venda de diferentes unidades a distintos compradores).

Para a entidade, a empresa deveria manter-se como agente econômico que presta serviços em diversas modalidades.

“Como ela ainda está cumprindo recuperação judicial, e se isso precisa ser aprovado por um juiz, vamos votar contra a proposta de fatiamento.

Isso não vai favorecer a população, mas é para favorecer os fundos abutre que adquiriram ações da Oi. Será que a Highline vai ter condição de competir com as demais?

Ainda não está claro o que seria comprado”, pondera o presidente da entidade, João Moura Neto.

Fonte: Jonas Valente/Agência Brasil  Edição: Wellton Máximo

Foto: EBC

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